O mercado do ouro permanece em destaque, mantendo-se em níveis historicamente altos, impulsionado pela demanda contínua da China e de bancos centrais ao redor do mundo. Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em alta de 0,44%, atingindo US$ 2.357,70 a onça-troy. Essa valorização ocorre após uma semana de oscilações, com o metal registrando um aumento anteriormente e uma queda de 3% no acumulado da semana passada.
Fawad Razaqzada, analista da City Index, observa a possibilidade de uma correção mais significativa, especialmente nesta semana, que conta com eventos importantes como a decisão do Federal Reserve (Fed) e outros drivers macroeconômicos. No entanto, ele destaca que o ouro permanece “fundamentalmente apoiado” e sugere que investidores que perderam o último rali do metal podem considerar oportunidades de compra durante os períodos de baixa. Este poderia ser outro fator de apoio aos preços”, ressalta o economista.
Razaqzada também aponta que, com as pressões inflacionárias afetando o poder de compra das moedas tradicionais, ativos como ouro e prata têm ganhado valor. Além disso, ele destaca a resiliência do ouro em relação à força do dólar e dos juros dos Treasuries, fatores que historicamente exerceram pressão sobre o metal. A Heraeus Precious Metals, por sua vez, enfatiza que o mercado de ouro está sendo impulsionado pela forte demanda física de investidores chineses e do Banco do Povo da China (PBoC).
A China é o maior mercado para demanda por ouro no varejo, e as dificuldades do setor de propriedade de uma desaceleração do mercado acionário chinês podem ter empurrado mais investidores para o ouro”, destaca a consultoria em um relatório recente. Com isso, o mercado do ouro continua a ser influenciado por uma série de fatores, desde questões geopolíticas até pressões econômicas, mantendo os investidores atentos às tendências do metal precioso.