Os preços do petróleo registraram alta nesta quarta-feira (15), impulsionados pela redução nos estoques dos Estados Unidos, conforme monitoramento do Departamento de Energia (DoE), e pela desvalorização do dólar em relação a outras moedas desenvolvidas, após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) americano de abril.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 0,78%, cotado a US$ 78,63 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho teve ganho de 0,45%, alcançando US$ 82,75 por barril.
Inicialmente, os preços do petróleo recuaram pela manhã devido à revisão para baixo das expectativas da Agência Internacional de Energia (AIE) para a demanda global de óleo em 2024. No entanto, a notícia de que os estoques de petróleo dos EUA haviam caído 2,5 milhões de barris nesta semana, em contraste com a expectativa de alta de 1,1 milhão de barris, reverteu essa tendência.
Além disso, os ganhos foram impulsionados pela leitura do CPI de abril nos EUA, indicando um avanço no processo desinflacionário no país. Embora esse dado não represente necessariamente a confiança esperada pelo Federal Reserve (Fed) para cortar juros, níveis mais baixos de inflação são preferíveis para melhores perspectivas de demanda de petróleo.
Os mercados agora estão atentos às discussões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre a renovação dos cortes voluntários na produção. Países como Iraque e Emirados Árabes buscam ampliar sua capacidade de produção, e a analista Razan Hilal, do City Index, acredita que eles podem não concordar com uma redução voluntária para o próximo ano.
Apesar das oscilações, a alta nos preços do petróleo reflete o cenário de redução nos estoques americanos e o impacto das políticas econômicas globais na demanda e na oferta da commodity.
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