Na esteira da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira, a Polícia Federal (PF) cumpriu nove mandados de busca e apreensão nesta segunda-feira, investigando o suposto uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar autoridades públicas em benefício de membros da família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além do próprio Bolsonaro, seus filhos, Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, estiveram envolvidos em uma transmissão ao vivo realizada no domingo.
A investigação foca no possível uso indevido da Abin para obter informações confidenciais que beneficiariam os filhos e aliados de Bolsonaro. No domingo, durante a transmissão ao vivo, estavam presentes Carlos Bolsonaro e o ex-presidente, juntamente com o senador Flávio Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro.
O desdobramento da operação alcançou o ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem, na semana passada, indicando que teria sido alvo de monitoramento. Ramagem, que esteve à frente da Abin entre 2019 e 2022, é conhecido por sua proximidade com a família Bolsonaro.
Embora a investigação ainda não tenha se dirigido diretamente a Carlos Bolsonaro, aponta que Flávio e Jair Renan, filhos de Jair Bolsonaro, teriam se beneficiado de relatórios ilegais da Abin.
A repercussão do caso é intensa, envolvendo figuras-chave da política brasileira e levantando questões sobre o uso de órgãos de inteligência para fins políticos. A PF continua a apurar as circunstâncias dessas alegações, enquanto a sociedade aguarda desenvolvimentos adicionais no desenrolar deste intrincado episódio.