O início de 2024 traz sinais positivos para a economia brasileira, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 19 de março. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou um crescimento de 0,6% em janeiro, em comparação com o mês anterior.
Embora essa taxa represente uma desaceleração em relação ao aumento de 0,8% registrado em dezembro, o resultado ainda superou as expectativas de analistas. A projeção da Agência Reuters era de 0,28%, enquanto o Broadcast apontava para 0,65%. Em relação a janeiro do ano anterior, o IBC-Br apresentou um avanço significativo de 3,45%. Nos últimos 12 meses, o indicador acumula uma alta de 2,47%.
O desempenho positivo em janeiro foi impulsionado principalmente pelo setor de comércio e serviços, que compõe a maior parte do PIB brasileiro. De acordo com as pesquisas mensais do IBGE, o resultado desses setores superou as expectativas, compensando a queda registrada na produção industrial, a maior em quase três anos, com um recuo de 1,6% em relação ao mês anterior.
Fatores como o mercado de trabalho aquecido e a melhoria nos índices de inflação têm influenciado positivamente o consumo e o crescimento econômico no país neste início de ano. Essa conjuntura favorece a retomada das atividades comerciais e de serviços, conforme evidenciado pelo movimento de shopping centers em São Paulo, que contam com crédito mais acessível para impulsionar as vendas.
Embora o IBC-Br e o PIB nem sempre apresentem resultados idênticos devido aos diferentes métodos de cálculo, ambos indicam a tendência geral da economia. Enquanto o PIB é uma medida abrangente da produção de bens e serviços em todo o país, o IBC-Br utiliza estimativas das atividades econômicas e dos impostos para monitorar o crescimento econômico de forma mensal.
A expectativa é de que esse cenário positivo se mantenha ao longo do ano, impulsionando a recuperação econômica do Brasil e oferecendo perspectivas otimistas para diversos setores da economia.