A proposta do projeto Nova Raposo, que visa melhorar o tráfego na região, tem sido alvo de intensos debates e críticas por parte de diversos setores da sociedade paulistana. Entre as vozes críticas, destacam-se representantes de movimentos sociais e associações locais, que levantam questões sobre a legalidade, a falta de participação social e a conformidade com as diretrizes de planejamento urbano da cidade.
Renata Esteves, do Movimento Defenda São Paulo, aponta diversas ilegalidades no projeto, enfatizando a ausência de participação social e o não alinhamento com as diretrizes do planejamento urbano de São Paulo, que preconiza a observância de acordos internacionais sobre mudanças climáticas.
Renato Rouxinol, da Associação Amigos da Granja Viana, expressa preocupação com os impactos diretos na comunidade local, especialmente em relação aos custos mais elevados dos pórticos de cobrança e à possibilidade de ter que pagar pedágio para buscar seus filhos na escola, além de ressaltar a importância de um estudo detalhado e diálogo em cada trecho afetado pelo projeto.
Maria Helena Bueno, presidente da Associação dos Amigos de Alto de Pinheiros, questiona a compatibilidade do projeto com o Plano Diretor e o Plano de Zoneamento da cidade, manifestando perplexidade diante da falta de clareza sobre a inserção de um viaduto em uma área residencial.
Por outro lado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defende a necessidade do projeto para melhorar a fluidez do tráfego e reduzir os tempos de viagem, enfatizando a importância do investimento para o desenvolvimento da região.
É importante ressaltar que projetos visando melhorias no trânsito na região da Raposo Tavares não são novidade. Em 2014, a concessionária CCR apresentou uma proposta semelhante, porém, ela nunca foi concretizada, mesmo prevendo investimentos significativos.
Diante desses posicionamentos conflitantes e das preocupações levantadas, fica evidente a necessidade de um amplo debate público e uma análise criteriosa do projeto, levando em consideração não apenas os aspectos técnicos, mas também os impactos sociais, ambientais e urbanísticos envolvidos. A busca por soluções que atendam aos interesses e necessidades de toda a comunidade é fundamental para garantir um desenvolvimento sustentável e harmonioso da cidade.