Os protestos que eclodiram em toda a Argentina em resposta às medidas anunciadas pelo presidente Javier Milei continuaram a ganhar intensidade durante a noite de quinta-feira (21). As manifestações, que inicialmente se concentraram em Buenos Aires, expandiram-se para outras cidades importantes do país, como Córdoba, Rosário, La Plata, Junin e Mendoza.
Em Buenos Aires, os manifestantes se reuniram na frente do Congresso e na Quinta dos Olivos, residência presidencial, expressando seu descontentamento com as políticas anunciadas. Relatos indicam que bairros como Belgrano e Almagro também foram afetados, com vias interrompidas e uma presença significativa da polícia.
O cenário em Córdoba foi marcado pela detenção de cinco pessoas que fecharam uma das avenidas da cidade, uma ação considerada ilegal pelo governo. O Ministério Público Fiscal de Córdoba afirmou que essas pessoas lançaram artefatos contundentes contra as tropas que tentavam desobstruir a via. O confronto resultou em cinco prisões, com uma manifestante e quatro policiais feridos.
Em meio aos protestos, o governo argentino reafirmou seu compromisso em combater qualquer interrupção de vias públicas, destacando a ilegalidade dessa prática. Em Buenos Aires, houve uma tentativa intensificada de evitar o fechamento de vias nos arredores do Congresso, mas os manifestantes persistiram.
Os registros de protestos em diversas cidades indicam que a insatisfação popular se espalhou além da capital, refletindo uma preocupação generalizada em relação às medidas anunciadas pelo presidente Milei. O impacto desses eventos nas políticas futuras e na estabilidade do país permanece incerto, mas os protestos continuam a ser um indicador significativo do clima político atual na Argentina.