Uma análise detalhada revelou que os 19,6 milhões de Bitcoin (BTC) atualmente em circulação estão distribuídos de forma diversificada entre os usuários. De acordo com a BlockTrends, uma edtech especializada em blockchain, 44,6% das criptomoedas estão nas mãos de indivíduos, enquanto 10,8% estão em exchanges. O restante é dividido entre fundos, empresas e governos.
“Os investidores individuais que praticam autocustódia são os maiores detentores de Bitcoin atualmente. Isso é importante porque contradiz as teses de concentração da oferta de Bitcoin”, afirmou Cauê Oliveira, head de análise on-chain da BlockTrends.
Embora a maioria dos Bitcoins seja detida por indivíduos e exchanges, existe uma pequena parcela de “super-ricos de cripto”, que inclui um seleto grupo de investidores com grandes quantidades de ativos digitais, como pessoas físicas, gestoras, empresas de capital aberto e até governos.
Até pouco tempo, os movimentos desses grandes investidores costumavam influenciar significativamente os preços do Bitcoin. No entanto, devido à crescente diversificação da posse de Bitcoin, esse cenário vem mudando gradualmente.
Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset, afirmou que o poder das ‘baleias’ parece estar diminuindo. As maiores entidades que possuem Bitcoin são ETFs, fundos passivos que movimentam o mercado apenas com aportes ou resgates”, explicou.
Apesar da entrada de grandes investidores no Bitcoin, o maior proprietário da criptomoeda continua sendo seu criador, Satoshi Nakamoto. Nakamoto, cuja verdadeira identidade permanece desconhecida, detém cerca de 1,1 milhão de unidades de BTC, avaliadas em US$ 69 bilhões.
Dentre os principais detentores de Bitcoin, destacam-se o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), a Binance, a MicroStrategy e até mesmo países como os Estados Unidos e a China, que possuem grandes quantidades da criptomoeda.
O cenário atual revela uma distribuição mais ampla de Bitcoin entre diferentes entidades, o que tem impactado a dinâmica do mercado e reduzido a influência de grandes investidores individuais. Essa diversificação é vista como um desenvolvimento positivo para a descentralização e a estabilidade do mercado de criptomoedas.