A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (2) uma redução média de 2,43% nas tarifas de energia elétrica para os moradores das cidades atendidas pela Enel Distribuição São Paulo. A nova tarifa entrará em vigor a partir desta quinta-feira (4).
Para os consumidores de baixa tensão, que incluem clientes residenciais, a redução será de 2,11%. Já para os consumidores de média e alta tensão, como comércios e indústrias, a queda será mais significativa, atingindo 3,52%.
Segundo a Aneel, essa redução nas tarifas é resultado da queda nos custos com encargos do setor, que tiveram uma diminuição de 1,32%, e na aquisição de energia, que caiu 1,06%. Além disso, a parcela da tarifa repassada à distribuidora, conhecida como parcela B, também registrou uma queda média de 0,24%, contribuindo diretamente para a redução na conta dos consumidores.
Hugo Lamin, diretor de regulação da Enel Brasil, explicou que, em uma conta de luz de R$ 100, por exemplo, a empresa recebe R$ 22,7. “Os demais itens são custos não gerenciados pela companhia e repassados às empresas de geração, transmissão e aos governos estadual e federal”, destacou.
Atualmente, a Enel atende 18 milhões de cidadãos em 24 municípios do estado de São Paulo, incluindo a capital. A área de cobertura da empresa é de 4.526 km², representando 0,05% do território brasileiro e impactando 17% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A companhia possui cerca de 7,9 milhões de clientes, 29 pontos de atendimento, 162 subestações e 44 mil quilômetros de rede de distribuição aérea e subterrânea, sendo responsável por 10,3% de toda a energia distribuída no Brasil.
No entanto, apesar da redução nas tarifas, os consumidores poderão não perceber uma diminuição imediata na conta de luz. Isso porque, em julho, será adotada a bandeira tarifária amarela, após dois anos sem a necessidade dessa cobrança extra. Com a bandeira amarela, haverá um acréscimo de R$ 1,88 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
A Aneel informou que, nos últimos 26 meses, de abril de 2022 a junho de 2024, esteve em vigor a bandeira tarifária verde, que não inclui cobranças adicionais. As bandeiras tarifárias são acionadas quando as condições climáticas se tornam menos favoráveis para a geração de energia, como a previsão de chuvas abaixo da média e o aumento do consumo, exigindo a ativação de usinas térmicas, que possuem um custo de produção mais elevado.