A mobilidade urbana passou por mudanças significativas nos últimos anos. Com modelos de trabalho mais flexíveis, aumento do uso de veículos próprios e crescimento dos aplicativos de transporte, empresas passaram a repensar a forma como ajudam seus colaboradores a se deslocarem até o trabalho. É aí que entra o auxílio-mobilidade, como um benefício moderno, capaz de substituir ou complementar o vale-transporte tradicional.
Oferecer alternativas de mobilidade é uma estratégia de atração e retenção de talentos. A seguir, conheça os principais tipos de auxílio-mobilidade que podem ser implementados nas empresas e entenda como cada um funciona na prática.
- Vale-transporte tradicional
O vale-transporte é o modelo mais conhecido e amplamente utilizado no Brasil. Ele é obrigatório para empresas que possuem colaboradores sob regime CLT. Seu uso é restrito ao transporte público coletivo, como ônibus, metrô e trem.
Apesar de cumprir a legislação, esse formato apresenta limitações, especialmente para profissionais que utilizam meios alternativos de deslocamento ou que trabalham em formatos híbridos. Ainda assim, ele pode coexistir com outras soluções mais flexíveis, desde que haja acordo entre empresa e colaborador.
- Auxílio-mobilidade via cartão multibenefícios
Uma das opções mais adotadas atualmente é o auxílio-mobilidade disponibilizado por meio de cartões multibenefícios. Nesse modelo, o valor destinado ao deslocamento é creditado mensalmente em um cartão, permitindo que o colaborador escolha como utilizá-lo.
Esse formato amplia significativamente as possibilidades de uso. O saldo pode ser destinado ao transporte público, corridas por aplicativo, estacionamento e até abastecimento.
É nesse contexto que soluções modernas ganham destaque, já que um cartão permite que o benefício seja usado de forma ampla, inclusive quando o colaborador busca alternativas como deslocamento com veículo próprio. Por isso, opções como o cartão Flash que aceita em posto de gasolina, por exemplo, se tornaram comuns entre empresas que priorizam flexibilidade.
- Vale-combustível
O vale-combustível é uma modalidade específica do auxílio-mobilidade voltada para colaboradores que utilizam carro ou moto para ir ao trabalho. Ele pode ser oferecido isoladamente ou integrado a um cartão multibenefícios.
Nesse formato, o valor é utilizado exclusivamente para despesas relacionadas a combustível, ajudando a reduzir o impacto dos custos de deslocamento no orçamento pessoal do colaborador. Para empresas, essa alternativa é especialmente interessante quando parte significativa do time depende de veículos próprios, como equipes comerciais ou profissionais que atuam externamente.
- Reembolso ou crédito para transporte por aplicativo
Outra possibilidade é o reembolso de despesas com transporte ou a concessão de crédito específico para aplicativos de mobilidade. Esse modelo costuma ser adotado em situações pontuais, como reuniões externas, eventos ou deslocamentos fora da rotina.
Embora funcional, o reembolso tende a gerar mais trabalho operacional para o RH e para o financeiro, já que envolve conferência de comprovantes e prazos de pagamento. Por isso, muitas empresas têm migrado para modelos mais automatizados, substituindo o reembolso por créditos diretos em cartões de benefícios.
O que diz a legislação sobre o auxílio-mobilidade?
A legislação brasileira mantém a obrigatoriedade do vale-transporte, mas permite que ele seja substituído por outras formas de auxílio-mobilidade desde que haja concordância formal do colaborador. Valores destinados ao deslocamento não têm natureza salarial, o que garante segurança jurídica tanto para empresas quanto para funcionários.
É importante que a política de benefícios seja clara, definindo regras de uso e garantindo que os valores sejam aplicados exclusivamente para fins de mobilidade.
Ao adotar o auxílio-mobilidade de forma estratégica, a empresa não apenas melhora a experiência do time, mas também fortalece sua imagem como empregadora moderna, alinhada às novas dinâmicas de trabalho e mobilidade urbana.






