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Home Economia

Novo parecer do Carf possibilita negociação de garantias para bom pagador | Política

07/04/2025
em Economia
Img20230707152601543Med Gazeta Mercantil


O relator do projeto de lei do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), deputado Beto Pereira (PSDB-MS), apresentou novo parecer nesta sexta-feira (7) com a possibilidade de que o contribuinte que for bom pagador negocie o valor das garantias, que o Carf promova mediação diante de conflitos entre a interpretação da Receita e órgãos reguladores e com o acolhimento de demandas da bancada do agronegócio. O projeto será votado ainda nesta sexta-feira.

Uma das novidades estabelece a chance de mediação nos casos em que a empresa justifique alguma atitude tributária com base em determinação de um órgão regulador.

Por exemplo: algumas empresas travam disputas sobre tributação de ágio com a Receita por causa de como foi feita a operação. Alegam que os leilões de privatização obrigavam a adoção de alguns formatos na operação como criação de uma empresa para a compra. O Fisco, por outro lado, interpreta como planejamento tributário abusivo.

Hoje esses argumentos já são levados ao Carf, que nem sempre se convence sobre a necessidade de realizar uma operação de determinada forma. O projeto de lei diz que o litígio que envolver controvérsia jurídica entre a Receita e o órgão regulador será submetido à Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal (CCAF). Com a mediação haveria um ambiente para checar as regras e obrigações criadas.

Outra alteração feita no parecer foi no mecanismo que prevê a dispensa de garantia para ingressar com ação judicial nos casos de empate nos julgamentos do Carf. Pelo novo texto, a dispensa será obrigatória se o contribuinte comprovar capacidade de pagamento em caso de derrota na Justiça. Na versão anterior, ela “poderia” ser dispensada.

Essa capacidade de pagamento será demonstrada com a apresentação de relatório de auditoria independente sobre as demonstrações financeiras e envio de relação de bens livres e desimpedidos para que constem como garantia em caso de derrota na primeira instância. A empresa que não teve certidão negativa por mais de três meses nos 12 meses anteriores à ação judicial ou tiver outras dívidas com a Fazenda Pública não poderá receber o benefício.

O projeto também incluiu a possibilidade de que o contribuinte negocie qual o tipo e valor da garantia que oferecerá nos processos judiciais, caso tenha boa capacidade de pagamento. A medida foi antecipada pelo Valor na semana passada.

Pela proposta, o contribuinte que for capaz de obter seguro-garantia ou fiança bancária estará autorizado a depositar, em qualquer modalidade que quiser, apenas o valor atualizado do principal da dívida (sem necessidade de garantir os juros e multas, por exemplo). Essa garantia só poderá ser liquidada após o trânsito em julgado (sentença final, sem chance de recursos).

O texto também obriga a Fazenda Pública a ressarcir integralmente o gasto pelo contribuinte com as garantias, inclusive pela contratação de seguros, e com os valores atualizados.

As propostas todas, disseram Pereira e o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), tiveram aval do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O texto manteve o acordo entre Haddad e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre o voto de qualidade (quando o representante do Fisco desempata os julgamentos do Carf). Pelo texto, nesses casos o contribuinte terá que pagar o valor principal da dívida, mas ficará livre de multas e juros se optar por quita-la sem recorrer à Justiça.

A única alteração no novo parecer foi em relação aos julgamentos que ocorreram durante a vigência da medida provisória (MP) que vigorou de janeiro e maio e determinou que o voto de qualidade seria pró-União, sem os benefícios concedidos pelo PL. Pela nova redação, o contribuinte poderá requerer os descontos da nova lei ou pedir, em até quatro meses após a sanção, a anulação integral ou parcial dos julgamentos decididos no critério de desempate.

Pereira afirmou que a possibilidade de que os auditores da Receita Federal negociem descontos para quitar débitos que ainda não estiverem inscritos na Dívida Ativa sairá do relatório e ficará para outro projeto de lei. “O ministro Haddad encaminhará outro projeto de lei e discutiremos dentro dele”, afirmou.

O líder do Republicanos, deputado Hugo Motta (PB), disse que ocorreu acordo entre os partidos para excluir essa ampliação. A emenda dos auditores tinha aberto uma disputa interna com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que é quem hoje faz as transações tributárias, e estava dificultando o entendimento para aprovar o projeto do Carf.

O relatório também acolheu pedidos da bancada ruralista negociados com Haddad para que o setor agropecuário apoiasse o projeto, como tornar mais claro o tratamento tributário dado a operações envolvendo sementes transgênicas.

1 de 1 Deputado Beto Pereira (PSDB-MS), relator do projeto de lei do Carf — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Deputado Beto Pereira (PSDB-MS), relator do projeto de lei do Carf — Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados


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O Impacto Da Reforma De 2019 A Última Reforma Da Previdência Foi Aprovada Em 2019, No Governo De Jair Bolsonaro. Entre As Principais Mudanças, Foram Definidas Idades Mínimas De Aposentadoria — 62 Anos Para Mulheres E 65 Para Homens — E Estabelecido Um Tempo Mínimo De Contribuição De 15 Anos Para Mulheres E 20 Para Homens. Ainda Assim, Os Efeitos Dessas Alterações Foram Limitados Por Modificações Feitas Pelo Congresso Nacional Durante A Tramitação Da Proposta. Segundo Rogério Nagamine, Especialista Em Políticas Públicas Do Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Essas Mudanças Não Foram Suficientes Para Garantir A Sustentabilidade Das Contas Previdenciárias No Longo Prazo. Ele Afirma Que O Ideal Seria Implementar Uma Nova Reforma Da Previdência Já Em 2027. Quanto Mais O Governo Adiar, Maior Será O Impacto Financeiro E Social. Reforma Da Previdência E Os Desafios Estruturais Para Evitar O Colapso Do Sistema Previdenciário, A Nova Reforma Da Previdência Deverá Enfrentar Temas Complexos, Como A Aposentadoria Rural — Que Hoje Permite A Aposentadoria De Mulheres Aos 55 Anos E De Homens Aos 60. Outra Proposta Envolve A Revisão Das Regras Para Microempreendedores Individuais (Meis), Que Contribuem Com Valores Significativamente Menores, Mas Ainda Assim Terão Direito A Benefícios. Além Disso, Especialistas Defendem A Criação De Um Mecanismo De Ajuste Automático Que Permita Alterar Regras Como A Idade Mínima Ou O Valor Dos Benefícios À Medida Que A Expectativa De Vida Da População Aumente. Essa Solução Já É Aplicada Em Países Europeus E Visa Garantir Maior Equilíbrio Entre Arrecadação E Despesas. Outro Ponto De Atenção São As Aposentadorias Diferenciadas Dos Servidores Públicos E Militares. Há Propostas Para Unificar As Regras Entre União, Estados, Municípios E Distrito Federal, Por Meio Da Aprovação Da Pec 66/2023. Também Se Discute O Fim Da Paridade E Integralidade Para Os Militares, Que Continuam Tendo Benefícios Muito Superiores Aos Do Regime Geral. Déficit Crescente E Impacto No Pib Segundo O Economista Arnaldo Lima, Da Polo Capital, O Desequilíbrio Nas Contas Do Inss Não É O Único Problema. Ele Destaca Que A Previdência Como Um Todo Representa 14,5% Do Pib Brasileiro Quando Se Consideram Os Gastos Com Servidores Civis E Militares De Todas As Esferas Do Poder Público. Esse Percentual É Semelhante Ao De Países Com Populações Muito Mais Envelhecidas, Como França, Portugal E Grécia. Lima Também Defende A Urgência De Uma Nova Reforma Da Previdência E Sugere O Aprimoramento Do Sistema De Proteção Social Dos Militares, Além Da Regulamentação De Mecanismos Complementares Privados Que Ofereçam Seguros Contra Invalidez, Doença E Morte — Despesas Que Hoje Respondem Por 35% Do Total Previdenciário. Ele Também Ressalta Que O Alto Índice De Judicialização, Especialmente Em Aposentadorias Especiais E Auxílio-Acidente, Pressiona Ainda Mais Os Cofres Públicos. Mais De 90% Das Concessões Nessas Categorias Ocorrem Por Via Judicial, Gerando Um Custo Anual Superior A R$ 27 Bilhões Com Precatórios Previdenciários. Risco De Insolvência Do Inss O Presidente Do Tribunal De Contas Da União (Tcu), Vital Do Rêgo, Definiu A Situação Da Previdência Social Como Uma &Quot;Bomba Que Não Vai Parar De Explodir&Quot;. Segundo Ele, O Brasil Enfrenta Um Cenário De Fragilidade Fiscal Estrutural, Onde A Despesa Previdenciária Cresce A Um Ritmo Muito Superior À Receita. 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A Nova Reforma Da Previdência Precisa Ser Pensada Não Apenas Como Uma Solução Fiscal, Mas Como Uma Forma De Proteger As Futuras Gerações E Garantir Que Os Brasileiros Tenham Acesso A Um Sistema Justo, Equilibrado E Sustentável. O Ideal Seria Que Esse Debate Fosse Retomado Já Em 2026, Com A Aprovação De Mudanças Em 2027 — Antes Que O Déficit Se Torne Irreversível. Gazeta Mercantil
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