No fechamento do pregão, o dólar apresentava uma queda em relação a uma cesta de divisas, refletindo a análise dos sinais emitidos pelo Federal Reserve (Fed). Em ata do último encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), divulgada na tarde desta quarta-feira (21), os dirigentes destacaram que não é apropriado cortar juros até que haja maior confiança de que a inflação retornará à meta de 2% ao ano.
Embora tenham notado que as taxas de juros provavelmente já atingiram o pico neste ciclo de aperto monetário, a discussão sobre o abrandamento da inflação e a atividade ainda forte na ata da reunião de janeiro do Fomc ocorreu em um contexto de pico de otimismo de “aterrissagem suave”, segundo analistas do Citi. Ainda assim, eles consideram essa discussão um pouco obsoleta à luz dos dados muito mais fortes de janeiro.
Já os analistas do Mitsubishi UFJ Financial (MUFG), mantiveram a visão neutra para o dólar daqui para frente, com um leve viés de alta no curto prazo, antes que ocorra um movimento mais claro de baixa no segundo semestre. Eles esperam que a economia da Europa melhore, enquanto o crescimento nos Estados Unidos deve desacelerar com a diminuição do apoio fiscal e o esgotamento total do excesso de poupança.
Os investidores também aguardavam o potencial impacto nas bolsas norte-americanas do balanço da Nvidia. Uma correção de curto prazo para baixo nas ações, que parecem esticadas, deverá beneficiar o dólar e o iene japonês”, afirmaram analistas da SEB Research.
Analistas do Bank of America Securities chamaram a atenção para o desempenho apático das moedas classificadas como de beta elevado, que reagem de maneira mais dilatada às oscilações de benchmarks externos. Eles apontaram que o ambiente de baixa volatilidade pode mascarar um ponto cego ou complacência, que tal cenário se deverá traduzir em melhores perspectivas de crescimento.