O ex-agente penal Jorge Guaranho, detido desde julho de 2022 pelo homicídio do guarda municipal e militante do PT Marcelo Arruda, está sendo julgado nesta quinta-feira no Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu (PR).
Jorge Guaranho, que era agente penitenciário federal e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, é acusado de ter assassinado Marcelo Arruda durante uma festa. O crime ocorreu quando Guaranho, sem ser convidado, chegou ao local em um carro branco, acompanhado de uma mulher e uma criança no colo, proclamando seu apoio a Bolsonaro.
O ex-agente penal entrou na festa portando uma pistola Taurus calibre 40 e iniciou uma discussão por motivos políticos com Marcelo Arruda. Após se desentenderem, Guaranho deixou o local, mas retornou 20 minutos depois e efetuou os disparos que resultaram na morte do guarda municipal.
O julgamento segue o procedimento do júri popular, composto por sete pessoas sorteadas entre um grupo de 25 indivíduos. Tanto a defesa quanto a acusação têm o direito de dispensar até três jurados sorteados cada, sem apresentar justificativa. Ao final do julgamento, os jurados respondem a um questionário com caráter de sentença, sendo necessários ao menos quatro votos para alcançar uma decisão.
Neste primeiro dia de julgamento, estão previstos o depoimento das testemunhas de acusação e defesa, o interrogatório do réu e as perguntas dos jurados ao acusado.
O desfecho desse caso aguardado pela sociedade brasileira levanta questões sobre a segurança pública e o enfrentamento da violência no país.