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Home Economia

Ambiente eleitoral complica acordo entre FMI e Argentina | Mundo

09/04/2025
em Economia
Alberto Fernandez Em Evento Na Argentina Facebook Casa Rosada Gazeta Mercantil


A proximidade das eleições argentinas tem aumentado a resistência do Fundo Monetário Internacional (FMI) em fechar um acordo com o país. O governo de Alberto Fernández pede a antecipação dos desembolsos previstos no atual programa de crédito e, segundo economistas, o Fundo não tem interesse em deixar de negociar, tomar um eventual calote e voltar a ser apontado como um dos eventuais responsáveis pela quebra da Argentina.

Por outro lado, o FMI quer garantias de que a Argentina – já sob o novo governo eleito – terá recursos para pagar o vencimento de dezembro da parcela do empréstimo de mais de US$ 44 bilhões que liberou no ano passado. Mas o país não tem como assegurar isso de modo sustentável.

O governo conseguiu adiar os pagamentos dos vencimentos da dívida deste mês dos dia 21 e 22 para o dia 30, o FMI não endureceu o tom e sinalizou para a continuidade da negociação. “O FMI não quer ser visto da mesma forma que em 2001, como a parte intransigente responsável pela quebra da Argentina, mesmo sabendo que não seria o responsável direto por isso”, diz a economista argentina Marina Dal Poggetto, da Universidad Torcuato Di Tella.

1 de 1 O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fala em evento na Casa Rosada, sede do governo argentino — Foto: Facebook/@alferdezok

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, fala em evento na Casa Rosada, sede do governo argentino — Foto: Facebook/@alferdezok

Para Dal Poggetto, o Fundo seguirá revendo formas de negociar com a Argentina, mesmo que não atenda ao pedido de antecipar os desembolsos. “É possível que exista uma contraproposta, de antecipar algum crédito ou refinanciar algum vencimento da dívida, mas não interessa ao Fundo que os termos do acordo inicial [firmado em março de 2022] se desfaça.”

O adiamento nos atuais pagamentos dos vencimentos ainda não é considerado um atraso formal e, portanto, não acendeu o alerta de possível default. “O processo para entrar em um default formal com o FMI tem outros prazos. Existe a postergação do pagamento, mas há também um tempo adicional para que se paguem esses valores antes de se considerar que houve um atraso formal e então um default”, explica o economista Gabriel Caamaño, sócio da Consultora Ledesma.

Segundo o economista Fausto Spotorno, diretor da Escola de Economía da Universidad Argentina de la Empresa, pode se levar até seis meses para a declaração de um default. “O atraso do pagamento em 30 dias não leva a nenhuma consequência formal. Depois são dadas diferentes intimações e então, dentro de seis meses, é possível afirmar que houve um default.”

A Argentina tinha US$ 2,7 bilhões a pagar nesta semana ao FMI. O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, argumenta que o governo não conseguiu cumprir as metas de acumulação de reservas e redução do déficit fiscal em consequência da forte estiagem, que afetou as exportações agrícolas.

“O governo está usando o prazo que tem. Claro que tem a questão da seca, mas não é só essa a causa [do descumprimento]. Agora é preciso recalcular as metas”, afirma Caamaño. “O governo, na verdade, descumpriu todas as metas do acordo inicial e há pouca razão para crer que cumprirá as próximas”, diz.

A negociação com o FMI tem se estendido mais do que deveria justamente em razão do período eleitoral. “Considerando que hoje existe uma probabilidade maior de o próximo governo ser de oposição, é possível que tanto o FMI quanto os Estados Unidos – maior doador do Fundo – queiram escutar a opinião da oposição”, diz Spotorno.

Segundo Dal Poggetto, toda vez que uma negociação com o FMI ocorre em ano eleitoral, a oposição ganha peso nas conversas.

Enquanto isso, o governo tenta ganhar tempo. “Primeiro querem chegar até domingo [data da definição das listas de candidatos às primárias], depois até agosto [quando ocorrem as primárias] e aí até outubro [data do primeiro turno das eleições]”, afirma a economista.

A estratégia mais recente do governo Fernández e de seu ministro da Economia, Massa, tem sido a de afirmar que a dívida atual com o FMI não foi contraída por seu governo, já que o acordo de março de 2022 refinanciou o empréstimo concedido na gestão anterior, de Mauricio Macri.

“Agora [com o pedido de adiamento do pagamento dos vencimentos de junho], o FMI não endureceu, alongou o prazo até o dia 30 e chamou para a conversa. O FMI também está numa situação difícil, não dá para simplesmente apertar a Argentina e forçá-la a pagar [sem correr o risco de um calote]”, afirma Moisés Marques, coordenador de política e relações internacionais na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp). “E, num ambiente eleitoral, venha a solução que vier, o governo vai sempre vender a narrativa de uma vitória política”, diz.


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Esses Dados Escancaram A Urgência De Uma Nova Reforma Da Previdência, Uma Vez Que O Atual Modelo, Mesmo Após As Mudanças Implementadas Em 2019, Está Longe De Ser Sustentável. O Sistema Brasileiro De Previdência Social Adota O Modelo De Repartição Simples, No Qual Os Trabalhadores Ativos Financiam Os Benefícios Dos Aposentados E Pensionistas. Ou Seja, O Dinheiro Arrecadado Hoje É Imediatamente Usado Para Pagar Os Benefícios De Quem Já Se Aposentou. Com Menos Jovens Ingressando No Mercado De Trabalho E Uma População Cada Vez Mais Idosa, Esse Modelo Se Torna Financeiramente Inviável. Projeções Demográficas Mostram Que O Percentual Da População Com 60 Anos Ou Mais Crescerá De 13,8% Em 2019 Para 32,2% Em 2060. Paralelamente, A População Economicamente Ativa, Com Idade Entre 16 E 59 Anos, Deve Cair De 62,8% Em 2010 Para 52,1% Em 2060. Esse Desequilíbrio Compromete Diretamente A Arrecadação Do Inss E Torna A Reforma Da Previdência Uma Questão De Sobrevivência Do Sistema. O Impacto Da Reforma De 2019 A Última Reforma Da Previdência Foi Aprovada Em 2019, No Governo De Jair Bolsonaro. Entre As Principais Mudanças, Foram Definidas Idades Mínimas De Aposentadoria — 62 Anos Para Mulheres E 65 Para Homens — E Estabelecido Um Tempo Mínimo De Contribuição De 15 Anos Para Mulheres E 20 Para Homens. Ainda Assim, Os Efeitos Dessas Alterações Foram Limitados Por Modificações Feitas Pelo Congresso Nacional Durante A Tramitação Da Proposta. Segundo Rogério Nagamine, Especialista Em Políticas Públicas Do Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Essas Mudanças Não Foram Suficientes Para Garantir A Sustentabilidade Das Contas Previdenciárias No Longo Prazo. Ele Afirma Que O Ideal Seria Implementar Uma Nova Reforma Da Previdência Já Em 2027. Quanto Mais O Governo Adiar, Maior Será O Impacto Financeiro E Social. Reforma Da Previdência E Os Desafios Estruturais Para Evitar O Colapso Do Sistema Previdenciário, A Nova Reforma Da Previdência Deverá Enfrentar Temas Complexos, Como A Aposentadoria Rural — Que Hoje Permite A Aposentadoria De Mulheres Aos 55 Anos E De Homens Aos 60. Outra Proposta Envolve A Revisão Das Regras Para Microempreendedores Individuais (Meis), Que Contribuem Com Valores Significativamente Menores, Mas Ainda Assim Terão Direito A Benefícios. Além Disso, Especialistas Defendem A Criação De Um Mecanismo De Ajuste Automático Que Permita Alterar Regras Como A Idade Mínima Ou O Valor Dos Benefícios À Medida Que A Expectativa De Vida Da População Aumente. Essa Solução Já É Aplicada Em Países Europeus E Visa Garantir Maior Equilíbrio Entre Arrecadação E Despesas. Outro Ponto De Atenção São As Aposentadorias Diferenciadas Dos Servidores Públicos E Militares. Há Propostas Para Unificar As Regras Entre União, Estados, Municípios E Distrito Federal, Por Meio Da Aprovação Da Pec 66/2023. Também Se Discute O Fim Da Paridade E Integralidade Para Os Militares, Que Continuam Tendo Benefícios Muito Superiores Aos Do Regime Geral. Déficit Crescente E Impacto No Pib Segundo O Economista Arnaldo Lima, Da Polo Capital, O Desequilíbrio Nas Contas Do Inss Não É O Único Problema. Ele Destaca Que A Previdência Como Um Todo Representa 14,5% Do Pib Brasileiro Quando Se Consideram Os Gastos Com Servidores Civis E Militares De Todas As Esferas Do Poder Público. Esse Percentual É Semelhante Ao De Países Com Populações Muito Mais Envelhecidas, Como França, Portugal E Grécia. Lima Também Defende A Urgência De Uma Nova Reforma Da Previdência E Sugere O Aprimoramento Do Sistema De Proteção Social Dos Militares, Além Da Regulamentação De Mecanismos Complementares Privados Que Ofereçam Seguros Contra Invalidez, Doença E Morte — Despesas Que Hoje Respondem Por 35% Do Total Previdenciário. Ele Também Ressalta Que O Alto Índice De Judicialização, Especialmente Em Aposentadorias Especiais E Auxílio-Acidente, Pressiona Ainda Mais Os Cofres Públicos. Mais De 90% Das Concessões Nessas Categorias Ocorrem Por Via Judicial, Gerando Um Custo Anual Superior A R$ 27 Bilhões Com Precatórios Previdenciários. Risco De Insolvência Do Inss O Presidente Do Tribunal De Contas Da União (Tcu), Vital Do Rêgo, Definiu A Situação Da Previdência Social Como Uma &Quot;Bomba Que Não Vai Parar De Explodir&Quot;. Segundo Ele, O Brasil Enfrenta Um Cenário De Fragilidade Fiscal Estrutural, Onde A Despesa Previdenciária Cresce A Um Ritmo Muito Superior À Receita. Essa Avaliação É Compartilhada Por Diversos Analistas Que Vêm Alertando Para O Risco De Colapso Do Inss Caso Medidas Não Sejam Tomadas Com Urgência. Entre As Principais Medidas Discutidas Para A Próxima Reforma Da Previdência Estão: Aumento Da Idade Mínima Para Aposentadoria Rural; Revisão Das Regras Do Mei Para Garantir Maior Arrecadação; Implementação De Um Mecanismo De Ajuste Automático Demográfico; Unificação Das Regras Para Servidores De Todos Os Entes Federativos; Fim Da Paridade E Integralidade Para Militares; Redução Da Diferença De Idade De Aposentadoria Entre Homens E Mulheres. Conclusão: A Inevitabilidade De Uma Nova Reforma Da Previdência A Realidade Demográfica Do Brasil Já Não Permite Mais Postergar A Discussão Sobre Uma Nova Reforma Da Previdência. O Rombo Crescente Do Inss E O Envelhecimento Da População Colocam Em Xeque A Sustentabilidade Do Sistema Atual. Sem Mudanças Estruturais Profundas, O País Enfrentará Uma Crise Fiscal De Proporções Gigantescas. A Nova Reforma Da Previdência Precisa Ser Pensada Não Apenas Como Uma Solução Fiscal, Mas Como Uma Forma De Proteger As Futuras Gerações E Garantir Que Os Brasileiros Tenham Acesso A Um Sistema Justo, Equilibrado E Sustentável. O Ideal Seria Que Esse Debate Fosse Retomado Já Em 2026, Com A Aprovação De Mudanças Em 2027 — Antes Que O Déficit Se Torne Irreversível. Gazeta Mercantil
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