Nesta sexta-feira (1º), a Rússia oficialmente anunciou o início das operações do míssil RS-28 Sarmat, uma arma que ganhou notoriedade internacional devido à sua capacidade de transportar 14 ogivas nucleares. Conhecido no Ocidente como Satã-2, o RS-28 Sarmat é considerado o míssil intercontinental mais letal do mundo.
Embora os detalhes oficiais sejam escassos, a agência espacial russa confirmou que um regimento deste míssil está agora disponível para uso das forças militares na Sibéria. A localização exata permanece em sigilo por razões de segurança.
O RS-28 Sarmat em Destaque
O RS-28 Sarmat é uma versão atualizada do míssil RS-36M, conhecido como SS-18 Satã no Ocidente, o que explica o apelido Satã-2. Este míssil é notável por suas características impressionantes:
– Com um comprimento de 35,5 metros e um diâmetro de 3 metros, é um dos maiores mísseis intercontinentais em operação.
– Pode transportar até 14 ogivas nucleares, tornando-o extremamente poderoso.
– Sua capacidade de explosão máxima é equivalente a até 53 vezes a bomba de Hiroshima, ou cerca de 800 quilotons.
– Estes dados foram divulgados pelo governo russo em 2019.
Até o momento, apenas um teste público do míssil em abril do ano passado foi bem-sucedido, enquanto o segundo teste, realizado em fevereiro de 2023, falhou.
Alcance do Míssil Nuclear mais Poderoso do Mundo
De acordo com as informações fornecidas pelo governo russo, o RS-28 Sarmat possui um alcance impressionante, capaz de atingir alvos a uma distância de 18 mil quilômetros. Isso significa que poucos territórios escapam do seu alcance. Em comparação, o míssil nuclear intercontinental americano Minuteman-3 tem um alcance máximo de 13 mil quilômetros.
Perspectivas e Opiniões de Especialistas
Este anúncio da Rússia é visto por muitos especialistas como uma forma de propaganda de guerra, especialmente em meio ao contínuo conflito na Ucrânia, que já perdura por quase 18 meses sem previsão de resolução.
No entanto, especialistas em armas nucleares, como Hans Kristensen, da Federação dos Cientistas Americanos (FAS), acreditam que a Rússia não está disposta a usar esse armamento em operações no país vizinho devido ao risco de desencadear uma nova Guerra Mundial.
Atualmente, a Rússia possui o arsenal nuclear mais poderoso do mundo, seguida pelos Estados Unidos. Juntas, essas duas potências respondem por aproximadamente 90% das ogivas nucleares do planeta, totalizando cerca de 12.500, de acordo com a Federação dos Cientistas Americanos. A questão nuclear permanece como um tema crítico e sensível na arena global de segurança.