De acordo com as projeções da instituição, caso a renegociação atinja a marca de R$ 50 bilhões, a taxa de inadimplência combinada dos cinco principais bancos poderá diminuir de 3,2% para 1,6%. O volume de empréstimos renegociados passaria a representar 4,1% do total da carteira, em comparação aos atuais 3,2%.
Os especialistas do BofA (Bank of America) preveem uma melhora marginal nos indicadores de capital, uma redução da inadimplência e um aumento nos níveis de renegociação. No entanto, eles acreditam que o impacto sobre o lucro líquido das instituições será limitado.
Na segunda-feira, os bancos deram início à renegociação de R$ 50 bilhões na fase chamada “Desenrola”, que abrange as dívidas bancárias dos clientes com renda mensal superior a dois salários mínimos e inferior a R$ 20 mil. Como um benefício para as instituições, o programa permite que cada real de desconto concedido ao devedor seja contabilizado como um real de crédito presumido, liberando, assim, recursos no balanço.
Embora os incentivos sejam claramente positivos, prevemos apenas uma melhora limitada nos resultados, uma vez que a restrição do crescimento do crédito dos principais bancos está relacionada às condições gerais do mercado e não aos níveis de capital”, afirmam os analistas do banco.
Além disso, eles destacam que os empréstimos renegociados podem contribuir para a redução da inadimplência, mas não terão impacto nos níveis de provisionamento.