Ontem foi o Dia Internacional da Biodiversidade, e nesta data o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA) revelaram os resultados do edital Restaura Amazônia. A iniciativa, parte do Arco da Restauração, visa a reconstrução de áreas desmatadas e degradadas na região, contando com recursos de R$ 450 milhões do Fundo Amazônia.
As três entidades escolhidas para gerir os projetos de reconstrução da floresta são o Ibam (para os estados do Acre, Amazonas e Rondônia), a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS – para o Tocantins e Mato Grosso) e a CI Brasil (para o Pará e Maranhão). Estas entidades, denominadas “parceiras gestoras”, seguirão as diretrizes do BNDES e do MMA na execução dos projetos, incluindo a seleção e acompanhamento dos executores nos territórios.
O Arco da Restauração tem como meta restaurar 24 milhões de hectares na Amazônia até 2050, com a primeira fase visando recuperar 6 milhões de hectares até 2030, capturando 1,65 bilhão de toneladas de carbono da atmosfera.
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, ressaltou a importância não apenas de reduzir emissões, mas também de capturar carbono. Ela destacou que a restauração dos primeiros 6 milhões de hectares não só contribuirá para a mitigação climática, mas também gerará empregos e renda de forma sustentável para as comunidades locais.
Os investimentos previstos nas próximas décadas chegam a aproximadamente R$ 200 bilhões, com recursos do Fundo Clima somando-se a outras fontes de apoio. Estima-se que o Arco da Restauração possa gerar até 10 milhões de empregos na Amazônia.
Desde sua criação em 2008, o Fundo Amazônia já beneficiou significativamente a região, apoiando 111 projetos com um investimento total de R$ 2,1 bilhões. As ações implementadas beneficiaram centenas de milhares de pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de terras indígenas e unidades de conservação na Amazônia.