O Bank of America (BofA) anunciou recentemente uma mudança significativa em sua recomendação em relação às ações da Klabin (KLBN11). Anteriormente classificadas como “venda”, as ações agora foram elevadas para a classificação “neutro”. Essa atualização reflete uma visão mais otimista sobre o desempenho futuro da empresa.
De acordo com o BofA, essa mudança de perspectiva é impulsionada pela expectativa de possíveis revisões ascendentes nos lucros da Klabin no futuro. Os analistas do banco destacam que essa melhoria é atribuída principalmente à redução do custo caixa por tonelada, resultante de fatores como o menor consumo de madeira de terceiros e a redução do raio da floresta até a fábrica. Esses fatores foram impulsionados pelas aquisições florestais anunciadas pela Klabin no final do ano passado.
Em termos de projeções, o BofA espera um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 7,4 bilhões e R$ 7,7 bilhões em 2024 e 2025, respectivamente. Esses números representam um aumento significativo em relação ao consenso do mercado, com uma diferença de 10% e 6%, respectivamente.
Apesar dessa revisão positiva, os analistas ainda ressaltam algumas preocupações em relação ao mercado de papelão para contêineres, onde os preços têm enfrentado dificuldades para se recuperar. No entanto, eles reconhecem que a Klabin está menos exposta à volatilidade desse mercado em comparação com algumas de suas concorrentes, como a Suzano e a CMPC.
Em relação às empresas mencionadas, o Bank of America reiterou sua recomendação de compra para os papéis da Suzano e da CMPC. Ambas são consideradas as preferidas dentro da cobertura de papel e celulose na América Latina, com uma expectativa de que se beneficiem dos preços mais altos da celulose.
Segundo os analistas, a Suzano também está bem posicionada para se beneficiar do crescimento dos volumes e da redução de custos, especialmente com a entrada em operação de sua usina Cerrado em junho.
Essa atualização nas recomendações das ações da Klabin e de outras empresas do setor reflete a dinâmica em constante evolução do mercado financeiro, com os investidores ajustando suas posições com base em novas informações e perspectivas.