As bolsas europeias terminaram o pregão desta terça-feira (25) sem direção única, com o mercado reagindo a balanços de companhias do continente. Notícias de ampliação dos estímulos econômicos da China também chamaram a atenção de investidores e impulsionaram papéis mais ligados ao desempenho da atividade do país asiático.
O índice pan-europeu Stoxx 600, que compila ações de 17 mercados europeus, fechou em alta de 0,48%, a 467,92 pontos. Na bolsa de Frankfurt, o DAX subiu 0,13%, a 16.211,59 pontos, enquanto o índice parisiense CAC 40, na contramão de seus pares, recuou 0,16%, a 7.415,45 pontos.
Os ganhos do índice alemão foram limitados pelo tombo de 7,03% da MTU Aero Engines, após a fabricante americana de motores para aeronaves Pratt & Whitney afirmar que 1,2 mil motores fabricados pela MTU para aeronaves da Airbus terão de passar por uma manutenção que durará de nove a 12 meses.
Em Paris, Dassault Systemes (-4,96%) e Alstom (-1,86%) estiveram entre as principais quedas do dia após divulgarem balanços que desagradaram o mercado.
Já o índice londrino FTSE 100 avançou 0,17%, a 7.691,80 pontos, alta sustentada por ações de mineradoras como Antofagasta (+6,59%) e Anglo American (+4,83%). O setor de metais básicos ganhou força com a notícia de que a China vai liberar mais medidas econômicas para estimular o consumo e investimentos privados no país, de forma a tentar acelerar a recuperação tímida da atividade local.
“Os investidores consideraram a declaração do Politburo uma surpresa positiva, pois temiam que a China desapontasse com o tamanho e a velocidade de qualquer estímulo”, explica Edward Park, CIO da Brooks Macdonald. No último fim de semana, as autoridades do Partido Comunista se reuniram para discutir a evolução da economia chinesa.
Ainda no mercado de Londres, a Unilever teve alta forte, de 4,34%, impulsionada pelo crescimento acima do esperado de suas vendas orgânicas no segundo trimestre.