Os mercados acionários da Europa encerraram o dia com desempenho misto, refletindo a pressão exercida especialmente no setor automotivo de Paris e Frankfurt, após o UBS cortar suas recomendações para as ações da Renault e Volkswagen. No entanto, a sessão também apresentou algum fôlego, impulsionado pela notícia de mais estímulos na China e pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, não elevará mais as taxas de juros no país.
Em Londres, o índice FTSE 100 registrou um aumento de 0,34%, fechando a 7.464,54 pontos. Enquanto isso, em Frankfurt, o índice DAX fechou com uma queda de 0,67%, atingindo 15.840,34 pontos. Já em Paris, o CAC 40 cedeu 0,27%, encerrando o dia a 7.296,77 pontos, e em Milão, o FTSE MIB teve uma queda de 0,63%, encerrando a 28.650,49 pontos. Em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,47%, encerrando a sessão a 9.460,80 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 subiu 0,13%, atingindo 6.182,07 pontos (cotações preliminares).
O banco UBS revisou suas recomendações de “neutro” para “venda” para as montadoras Volkswagen e Renault, citando o impacto das fabricantes chinesas na competição entre veículos elétricos. Isso teve um efeito dominó no setor automotivo, com a Renault caindo mais de 6% em Paris e a Volkswagen registrando uma queda de cerca de 5% em Frankfurt. Outras empresas do setor, como a BMW (com uma queda de mais de 3%), a Mercedes (com uma baixa de mais de 2%) e a Porsche (com uma baixa de mais de 2%), também foram afetadas.
No entanto, as notícias sobre estímulos econômicos adicionais na China ajudaram a sustentar os mercados. A AJ Bell destacou que esses estímulos impulsionaram particularmente o FTSE 100, com mineradoras e empresas de energia se destacando devido ao fortalecimento dos preços do petróleo. As ações de empresas como Glencore (com um aumento de mais de 1%), Rio Tinto (com um aumento de cerca de 2%) e BP (com um aumento de mais de 2%) apresentaram ganhos.
Além disso, o relatório de emprego dos Estados Unidos, conhecido como “payroll,” também contribuiu para o otimismo nas bolsas europeias, à medida que aumentaram as expectativas de que as taxas de juros nos EUA não subirão mais. Os índices acionários também receberam um impulso moderado do Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria da zona do euro, que ficou ligeiramente abaixo das projeções do mercado. O cenário global continua sendo influenciado por uma série de fatores, e os investidores continuam atentos às notícias econômicas e políticas que moldam os mercados.