Após especulações sobre uma possível aquisição da Gol (GOLL4) pela Azul (AZUL4), o Bradesco BBI se pronunciou, destacando que, se confirmado o negócio, espera-se uma transação completamente baseada em ações, com emissão sem direito de voto, visando consolidar a Gol no mercado. Os analistas do banco estimam que as sinergias resultantes da fusão poderiam alcançar entre R$ 1,3 bilhão e R$ 1,7 bilhão por ano, o que poderia adicionar de R$ 11 a R$ 13 no preço da ação da Azul.
Segundo o relatório divulgado pelo Bradesco BBI, David Neeleman e a família Chieppe, acionistas controladores da Azul, provavelmente manteriam o controle da empresa, detendo cerca de 4% de participação econômica, abaixo dos 6% atuais. Os analistas também apontam que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) provavelmente aprovaria o acordo sem restrições significativas que pudessem impedir a fusão de prosseguir.
Apesar das expectativas geradas pelos rumores, a Azul informou que, até o momento, não negociou nem aprovou nenhuma transação específica para analisar a possível aquisição da Gol. O mercado, no entanto, permanece atento às movimentações das duas empresas, cujas ações podem ser impactadas por esses rumores e suas repercussões.
Atualmente, o Bradesco BBI recomenda a compra de ações da Azul, com um preço-alvo de R$ 38, representando um potencial de valorização de 207%. Por outro lado, a recomendação para as ações da Gol é de venda, com um preço-alvo de R$ 1, refletindo uma possível desvalorização de 61% em relação aos fechamentos mais recentes.
O mercado financeiro continua acompanhando de perto os desdobramentos desses rumores, que podem impactar significativamente o setor de aviação e o comportamento dos investidores nas próximas semanas.