O Estado do Rio Grande do Sul enfrenta uma situação de alerta devido às chuvas extremas que têm castigado diversas regiões. Até as 17h de hoje, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu 88 alertas para diferentes municípios gaúchos. Destes, 47 são para inundações e 41 para deslizamentos de terra. Preocupantemente, 30 destes alertas foram classificados como de nível muito alto, exigindo evacuação imediata da população.
Segundo as projeções do Cemaden, a situação meteorológica decorrente das chuvas extremas deve persistir nos próximos dias, com previsão de chuvas superiores a 250 mm até sábado, principalmente no centro-norte do Estado, bem como no oeste e sul de Santa Catarina. A expectativa é que a intensidade diminua a partir de domingo, mas as precipitações devem continuar.
O risco de deslizamentos de terra é considerado muito alto na região metropolitana de Porto Alegre e em outras áreas do Estado. As chuvas intensas e persistentes registradas nas últimas 72 horas são atribuídas a uma onda de calor na região central do Brasil.
Marcelo Seluchi, coordenador da equipe de monitoramento do Cemaden, explica que a situação é semelhante à observada em setembro de 2023, embora com uma abrangência maior. Ele destaca que em 2023, o episódio foi mais concentrado e intenso, mas agora a área afetada é significativamente maior.
Seluchi ressalta também a influência das mudanças climáticas e do aquecimento global, que contribuem para a intensificação das chuvas. Com 2023 sendo o ano mais quente da história até então, e o início deste ano também registrando altas temperaturas, há uma maior concentração de umidade na atmosfera, resultando em precipitações mais abundantes.
Equipes da Defesa Civil e de resgate estão em alerta máximo, atuando em áreas afetadas por deslizamentos de terra, como registrado na Vila Canário, em Santa Maria. A população é orientada a manter-se informada e seguir as recomendações das autoridades locais diante da gravidade da situação.