A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (22), um projeto de lei que isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a compra de móveis e eletrodomésticos por pessoas atingidas por desastres naturais ou eventos climáticos extremos. A iniciativa, que visa apoiar a população do Rio Grande do Sul, segue agora para apreciação no Senado Federal.
O projeto, de autoria das deputadas Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Maria do Rosário (PT-RS), inicialmente limitava a isenção fiscal a fogões de cozinha, refrigeradores e máquinas de lavar roupa, desde que fabricados no Brasil. No entanto, o relator Lucas Redecker (PSDB-RS) ampliou a medida para incluir também tanquinhos, cadeiras, sofás, mesas e armários.
De acordo com o texto aprovado, a isenção de IPI será aplicável aos móveis e eletrodomésticos fabricados em território nacional, destinados a pessoas físicas residentes em municípios com estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecida pelo Poder Executivo federal até a data de publicação da lei. A proposta restringe a medida à população do Rio Grande do Sul, evitando que seja aplicada a outros estados que eventualmente decretem calamidade no futuro.
Para usufruir do benefício fiscal, os interessados devem comprovar que residiam na localidade afetada e que sua residência foi diretamente prejudicada pelo desastre. A isenção será concedida apenas uma vez para cada produto e por apenas um membro da família atingida.
Na versão final do projeto, o relator incluiu Microempreendedores Individuais (MEIs), Microempresas e Empresas de Pequeno Porte como beneficiários da isenção, além das pessoas físicas.
Lucas Redecker afirmou que a medida visa contribuir para o restabelecimento da normalidade e do bem-estar nas áreas afetadas por desastres naturais, como enchentes, inundações, deslizamentos de terra e ciclones. Segundo ele, o projeto transmite uma mensagem de apoio, solidariedade e empatia do Congresso Nacional e de todo o povo brasileiro às populações diretamente afetadas. Além disso, ele destacou o impacto positivo na indústria nacional da linha branca, com potencial para gerar emprego e renda.
A isenção de IPI é uma forma de minimizar os impactos sofridos pelas famílias atingidas por desastres, permitindo-lhes recuperar itens essenciais para suas residências. Ao mesmo tempo, a medida fortalece a indústria nacional, que produz esses bens, gerando emprego e renda”, afirmou Redecker.
A proposta aprovada pela Câmara agora aguarda análise e votação no Senado. Caso seja aprovada sem alterações, seguirá para sanção presidencial. A expectativa é que a medida traga alívio imediato às famílias do Rio Grande do Sul afetadas por recentes eventos climáticos extremos, como as enchentes e ciclones que atingiram a região.
A aprovação do projeto foi bem recebida por representantes de diversos setores. Autoridades locais do Rio Grande do Sul manifestaram apoio à medida, ressaltando a importância de ações concretas para auxiliar a população em momentos de crise. Organizações da sociedade civil também destacaram a relevância da isenção fiscal para a recuperação das comunidades afetadas.
A aprovação do projeto de lei que isenta o IPI para móveis e eletrodomésticos destinados a vítimas de desastres naturais é um passo significativo para apoiar as famílias do Rio Grande do Sul. A medida não só oferece alívio imediato às pessoas diretamente afetadas, como também promove o fortalecimento da indústria nacional, contribuindo para a geração de emprego e renda. Aguardamos agora a apreciação da proposta no Senado e a eventual sanção presidencial para que os benefícios possam ser efetivamente implementados.