O mercado do cobre registrou uma queda nesta terça-feira, impulsionada pelo fortalecimento do dólar após dados econômicos sólidos dos Estados Unidos e pelo índice de gerentes de compras (PMI) industrial da China, que indicou fraqueza na segunda maior economia do mundo e principal consumidora global de cobre.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de cobre para dezembro encerrou o dia com uma redução de 0,25%, cotado a US$ 3,6490 a libra-peso. Enquanto isso, na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses recuou 0,36%, atingindo US$ 8.109,50 a tonelada às 14h (horário de Brasília).
O Escritório de Estatísticas da China revelou que o PMI industrial chinês caiu de 50,2 em setembro para 49,5 em outubro, ficando abaixo da marca de 50 pontos, o que indica contração na indústria chinesa. Este dado desapontador sugeriu uma economia mais fraca e parece ter interrompido a sequência de alta nos preços do cobre, que havia subido na semana anterior e começado a segunda-feira em ascensão.
O Commerzbank destacou que, apesar dessas oscilações de curto prazo, a dificuldade em aumentar a produção mundial de cobre, juntamente com a crescente importância do metal básico na transição para uma economia mais verde, provavelmente levará a um aumento nos preços a longo prazo.
O cenário atual não favoreceu os metais básicos de maneira geral, de acordo com a Peak Trading Research. Investidores permaneceram cautelosos às vésperas da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, e também diante da possibilidade de uma escalada nas tensões geopolíticas no Oriente Médio. Além disso, os fracos resultados corporativos de empresas de commodities também pesaram no sentimento do setor.
Outro fator que contribuiu para a queda dos preços foi o aumento dos estoques de cobre na China, conforme observado pelo TD Securities.
Na London Metal Exchange, outros metais também apresentaram desvalorização: o alumínio caiu 0,73%, sendo negociado a US$ 2247,00 por tonelada; o chumbo teve uma queda de 1,25%, atingindo US$ 2087,50 por tonelada; o níquel recuou 2,05%, sendo cotado a US$ 18120,00 por tonelada; o estanho registrou uma baixa de 3,81%, alcançando US$ 24000,00 por tonelada; e o zinco caiu 1,54%, sendo vendido a US$ 2428,50 por tonelada.
O mercado permanece atento às dinâmicas econômicas globais e aos eventos geopolíticos que podem continuar impactando os preços dos metais nos próximos dias.