O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deu início à sua sexta reunião do ano nesta terça-feira, em Brasília, com o objetivo de definir a taxa básica de juros, a Selic. Espera-se que, devido à significativa redução da inflação nos últimos meses, o Copom decida reduzir a Selic, atualmente em 13,25% ao ano, para 12,75% ao ano. Esse seria o segundo corte consecutivo, após a autoridade monetária ter encerrado o ciclo de aumento de juros em agosto.
No comunicado da última reunião em agosto, o Copom havia indicado, por unanimidade, a intenção de realizar cortes de 0,5 ponto percentual na Selic em reuniões subsequentes. A mais recente edição do Boletim Focus, uma pesquisa semanal com analistas de mercado, também aponta para um corte de 0,5 ponto percentual, embora algumas instituições financeiras projetem um corte ainda maior, de 0,75 ponto. A expectativa do mercado é que a Selic encerre o ano em 11,75% ao ano.
A mudança de postura do Copom em relação à política monetária ocorreu devido à forte desaceleração da inflação nos últimos meses, o que permitiu ao órgão acumular confiança para iniciar um ciclo de flexibilização monetária gradual. Apesar do recuo da inflação, o Copom destacou que alguns preços ainda não estão se comportando conforme o esperado, o que justifica uma abordagem mais conservadora na redução dos juros.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a equipe do Copom consideram que o desenvolvimento sustentável e o combate às mudanças climáticas são prioridades globais. Eles enfatizam a importância da proteção dos biomas brasileiros e a necessidade de combater as queimadas ilegais para preservar as florestas, que desempenham um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas.
A decisão do Copom sobre a taxa Selic será anunciada na quarta-feira (20), após o término da reunião. A taxa Selic é um dos principais instrumentos do Banco Central para controlar a inflação e influencia a economia de diversas maneiras, incluindo o custo do crédito e o estímulo à produção e ao consumo.