No início de 2023, o Brasil viu-se novamente entre as nações com os dez maiores indicadores econômicos, superando países como Canadá e México. O retorno do presidente Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto trouxe expectativas e incertezas.
No campo econômico, o desempenho surpreendeu o mercado financeiro, com um crescimento do PIB projetado para ultrapassar 3% e uma inflação centrada na meta, atingindo 4,6%. O Congresso Nacional registrou vitórias para o governo, incluindo a aprovação da reforma tributária e medidas fiscais, como a taxação dos super-ricos.
Apesar de avanços, derrotas ocorreram, destacando-se a derrubada do veto à desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia até 2027. A professora de economia Cristina Helena de Mello elogiou a capacidade de articulação política do governo, destacando o crescimento econômico e a estabilidade do desemprego.
A equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad, alcançou uma meta crucial ao substituir o teto de gastos em vigor desde a gestão anterior. A reforma tributária, após mais de 30 anos de tramitação, foi aprovada, focando no consumo e na simplificação da gestão fiscal.
A analista alerta para a necessidade de avançar na discussão sobre impostos sobre renda e monitorar o arcabouço fiscal. Apesar das incertezas globais, o Brasil apresenta crescimento econômico, contrariando expectativas iniciais. O PIB deve crescer 3,1%, segundo o FMI, e o país ocupa a nona posição entre as maiores economias globais, com US$ 2,13 trilhões.
A professora destaca as influências da crise internacional, afirmando que a estagnação global impacta o Brasil, dado o papel crucial do comércio exterior no crescimento econômico.