Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que a taxa de desemprego no país atingiu 7,8% no trimestre móvel encerrado em fevereiro. Esse resultado apresenta um leve aumento em relação ao trimestre anterior, encerrado em novembro, quando a taxa estava em 7,5%, mas representa uma melhoria significativa em comparação com o mesmo período de 2022, quando a taxa era de 8,6%. No trimestre encerrado em janeiro, a taxa havia sido de 7,6%.
O resultado divulgado pelo IBGE está alinhado com as expectativas do mercado, sendo idêntico à mediana das projeções de 28 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor. As estimativas variavam de 7,6% a 8,1%.
De acordo com os dados, o país registrou 8,5 milhões de desempregados no trimestre encerrado em fevereiro, representando um aumento de 4,1% em relação ao trimestre anterior, o que equivale a mais 332 mil pessoas desocupadas. No entanto, em comparação com o mesmo período de 2023, houve uma redução de 7,5%, com 9,2 milhões de pessoas desempregadas.
Por outro lado, a população ocupada no país, composta por empregados, empregadores e funcionários públicos, totalizava 100,2 milhões de pessoas no trimestre analisado, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior. Em comparação com o mesmo trimestre de 2023, houve um aumento de 2,2%, representando um total de 99,1 milhões de pessoas ocupadas.
A força de trabalho, que inclui pessoas ocupadas ou em busca de emprego com 14 anos ou mais de idade, alcançou 100,8 milhões no trimestre móvel encerrado em fevereiro, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior, mas registrando um aumento de 1,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa um acréscimo de 1,4 milhão de pessoas.
Esses dados evidenciam a complexidade e a dinâmica do mercado de trabalho brasileiro, refletindo os desafios enfrentados pela economia e pelo emprego em meio a um cenário de recuperação gradual após os impactos da pandemia de COVID-19.