O dólar registrou um avanço notável em relação a moedas fortes, impulsionado por dados positivos do índice de gerente de compras (PMI) dos Estados Unidos, que revelaram uma economia robusta. Essa força econômica pode abrir caminho para a implementação de políticas de aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed). Por outro lado, o euro enfrentou uma queda devido à situação oposta, com os PMIs apontando para fraquezas na economia, coincidindo com a semana de decisão de juros pelo Banco Central Europeu (BCE).
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas, apresentou um aumento significativo de 0,70%, atingindo 106,270 pontos. No final do dia, o dólar estava cotado a 149,90 ienes, o euro havia recuado para US$ 1,0594, e a libra esterlina tinha uma queda para US$ 1,2165.
Surpreendendo as expectativas, a S&P Global divulgou leituras preliminares positivas dos PMIs compostos, de serviços e industriais dos Estados Unidos. Em todos os três indicadores, os valores ficaram acima de 50, sinalizando uma expansão da atividade econômica.
De acordo com o Brown Brothers Harriman (BBH), o dólar também está ganhando força à medida que os rendimentos dos Treasuries se estabilizam. Eles enfatizam que a economia dos EUA continua crescendo acima da média, e todos os dados recentes confirmam que a atividade econômica do país permanece aquecida, indicando a necessidade de uma postura mais restritiva por parte do Fed.
No entanto, o euro sofreu devido à divulgação dos PMIs, com investidores temendo que o BCE possa adotar uma abordagem mais “dovish” em relação à política de taxas de juros. Isso se deve à conjuntura de “estagflação”, que combina inflação persistente com uma economia em desaceleração, representando um desafio para o Banco Central Europeu.
No cenário de moedas emergentes, o dólar blue manteve-se estável em relação ao peso argentino no mercado paralelo da Argentina, após ter renovado recordes e atingido a marca de 1100 pesos argentinos, conforme relatado pelo jornal Ámbito Financiero.
Além disso, os investidores também estiveram atentos à notícia de que a China confirmou a emissão de 1 trilhão de yuans em títulos do Tesouro no quarto trimestre deste ano. Segundo o City Index, esta ação reflete o desejo do presidente Xi Jinping de fortalecer o yuan como uma alternativa sólida ao dólar no comércio global, conferindo mais poder político à China. Nesse contexto, o dólar manteve-se estável, cotado a 7,1786 yuans.
Esses movimentos cambiais refletem a complexa dinâmica econômica global, com os investidores atentos às ações dos bancos centrais e aos indicadores econômicos em busca de orientação para suas estratégias de investimento.