A Eletrobras emitiu uma resposta contundente às alegações do governo em relação ao recente apagão que afetou diversos estados e o Distrito Federal. O ministro Alexandre Silveira, do Ministério de Minas e Energia, havia declarado que o apagão teve origem em uma linha subsidiária da Eletrobras. No entanto, a companhia rebateu essa afirmação, destacando que a falha na linha em questão não seria suficiente para causar o desabastecimento massivo que ocorreu.
Segundo a Eletrobras, o desligamento da linha de transmissão Quixadá/Fortaleza ocorreu devido a uma “atuação indevida do sistema de proteção” apenas milissegundos antes do apagão ocorrer às 8h31 no Sistema Interligado Nacional (SIN). No entanto, a empresa enfatizou que esse desligamento isolado não teria o potencial de gerar a ampla abrangência e repercussão sistêmica do evento.
A companhia ressaltou que, mesmo em caso de desligamento de componentes individuais, o sistema elétrico deveria ser capaz de manter a operação sem interrupção do fornecimento de energia. A Eletrobras afirmou que a manutenção da linha em questão estava em conformidade com as normas técnicas relevantes.
Além disso, a empresa informou que está colaborando com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para identificar as causas e motivos que levaram ao apagão, buscando esclarecer a situação em todas as suas nuances.
As autoridades continuam a investigação para determinar as causas precisas do apagão, e o governo tem ressaltado que não se pode descartar nenhuma hipótese, seja ela uma falha humana, de engenharia ou sistêmica. O relatório mais detalhado do ONS sobre o incidente deve ser divulgado em breve, com a intenção de fornecer mais informações sobre a origem e as causas do apagão que afetou milhões de brasileiros.
O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), também está atuando para entender o ocorrido e solicitou que a Polícia Federal inicie uma investigação sobre as possíveis causas e responsáveis pelo apagão. Enquanto isso, a Eletrobras continua a enfrentar questionamentos sobre as medidas de manutenção e funcionamento que a empresa adotou para garantir a estabilidade do sistema elétrico e prevenir situações similares no futuro.