Durante o ano de 2023, as empresas de tecnologia enfrentaram uma realidade desafiadora, marcada por uma redução nos investimentos e um aumento da inflação. A partir de novembro de 2022, já havia indícios dessas mudanças, e ao longo do ano, tanto pequenas quanto grandes corporações do setor foram obrigadas a tomar medidas drásticas, incluindo demissões em massa. Mesmo gigantes como Alphabet (Google), Amazon, Microsoft e Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsapp) não foram poupadas. De acordo com o rastreador Layoffs.fyi, apenas em 2023, 1.167 empresas realizaram demissões, afetando cerca de 259 mil funcionários.
Os meses iniciais de 2023 foram particularmente desafiadores, liderados por janeiro, que registrou mais de 89 mil demissões em 276 empresas, seguido por fevereiro, com 39 mil desligamentos em 181 empresas. Embora os números tenham diminuído ao longo do ano, o temor de novas ondas de demissão persiste.
No que diz respeito às “Big Techs”, as demissões foram expressivas: Amazon demitiu 18 mil funcionários, Alphabet 12 mil, Meta e Microsoft ambas 10 mil. Empresas de porte menor, mas significativas no mercado, como Ericsson, Flink e Dell, também figuram na lista, totalizando 8.500, 8.000 e 6.600 demissões, respectivamente.
Especialistas apontam que o setor de tecnologia, impulsionado pelo aumento do consumo online durante a pandemia, enfrentou desafios com a flexibilização das medidas de isolamento e a desaceleração do consumo. A inflação também desempenhou um papel crucial, levando as empresas a reduzirem os gastos com publicidade, uma fonte crucial de receita para as gigantes de tecnologia. Diante desse cenário, as empresas buscam estratégias para se adaptar a um ambiente econômico em constante transformação.