O governo federal está avaliando a possibilidade de pagar famílias ou centros comunitários para acolherem desabrigados vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A informação foi revelada pelo ministro Paulo Pimenta, responsável pela recém-criada Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Estado gaúcho.
De acordo com Pimenta, o auxílio seria de aproximadamente R$ 400 por pessoa desabrigada acolhida. Essa proposta surge como uma alternativa às chamadas cidades transitórias, que estão sendo consideradas pelo governo estadual para receber os desalojados. O ministro fez essas declarações durante uma entrevista ao Canal do Barão de Itararé, no YouTube, no último domingo (19).
Ele explicou que o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) atualmente paga cerca de R$ 400 por pessoa em abrigos públicos para as prefeituras, excluindo os custos com alimentação. No entanto, ele está discutindo uma mudança nessa política para permitir que esse valor possa ser pago diretamente àqueles que abrigarem as pessoas.
“Se eu abrigo 4 pessoas na minha casa, no espaço que eu tenho, eu vou receber R$ 1,6 mil por mês, de uma forma solidária”, destacou o ministro, enfatizando a intenção de descentralizar os abrigos e evitar a criação de cidades temporárias.
Pimenta reconheceu os desafios logísticos envolvidos nessa proposta, especialmente no que diz respeito à garantia de alimentação, água e remédios para os desabrigados. Ele também mencionou o esforço do governo em apoiar as cozinhas solidárias no estado, que muitas vezes operam à margem do poder público.
Além disso, o governo está estudando maneiras de ajudar na reforma das casas das pessoas parcialmente afetadas pelas enchentes. “A pessoa vai voltar para a casa, ela não quer uma casa nova, mas ela precisa de algum tipo de apoio do poder público para reformar a casa dela”, explicou Pimenta, ressaltando que esse é um debate que está prestes a se abrir.
Diante da complexidade da situação e das necessidades emergenciais dos afetados pelas enchentes, o governo federal está buscando soluções criativas e eficazes para oferecer suporte e assistência às comunidades atingidas no Rio Grande do Sul.