O governo do Estado de São Paulo, por meio da operação “São Paulo sem Fogo”, intensificou a fiscalização contra queimadas entre janeiro e setembro de 2024. Até o momento, mais de R$ 25 milhões em multas foram aplicados e 23 pessoas foram presas por envolvimento com incêndios criminosos. A operação é liderada pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), em parceria com a Polícia Militar Ambiental. Mais de 1.800 agentes e quase mil viaturas participam das ações de combate.
O impacto das queimadas no estado
As queimadas representam um problema sério em São Paulo, especialmente durante os meses mais secos do ano. Entre janeiro e setembro, foram registradas 2.392 ocorrências de incêndios florestais, que atingiram mais de 107 mil hectares, uma área equivalente a 115 mil campos de futebol. As queimadas resultam não apenas em danos ao meio ambiente, mas também colocam em risco a vida de pessoas e animais, além de contribuir significativamente para a degradação da qualidade do ar.
Multas e prisões
Desde o início do ano, a Semil aplicou 420 multas relacionadas a infrações ambientais, somando mais de R$ 25 milhões. As penalidades são uma tentativa de frear a prática de queimadas criminosas, que, em muitos casos, estão associadas ao desmatamento ilegal ou à limpeza de terrenos para atividades agropecuárias. Além das multas, 23 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento em incêndios criminosos, reforçando o compromisso do governo em punir rigorosamente os responsáveis.
A operação “São Paulo sem Fogo”
A operação “São Paulo sem Fogo” é uma iniciativa conjunta da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e da Polícia Militar Ambiental, criada com o objetivo de monitorar, prevenir e combater incêndios florestais em todo o estado. Com o uso de tecnologias de monitoramento e um efetivo robusto, a operação envolve mais de 1.800 agentes e conta com quase mil viaturas. Entre os equipamentos utilizados, estão caminhões-pipa, tratores, carretas-tanque, picapes, quadriciclos, sopradores e motosserras.
Tecnologia no combate às queimadas
Um dos destaques da operação é o uso de tecnologia para monitorar os focos de incêndio. Ferramentas como imagens de satélite e drones permitem que as equipes identifiquem rapidamente áreas de risco e ajam de forma proativa. Além disso, as viaturas são equipadas com modernos sistemas de comunicação, permitindo uma resposta rápida e coordenada entre as diferentes equipes de campo.
O uso dessas tecnologias também é fundamental para garantir a precisão na aplicação de multas e na identificação dos responsáveis pelos incêndios. A operação monitora de perto as áreas mais vulneráveis e de difícil acesso, onde a ação humana é frequentemente a causa dos focos de queimadas.
A importância da conscientização
Embora as medidas repressivas, como multas e prisões, sejam fundamentais, a operação “São Paulo sem Fogo” também tem um forte componente educativo. A conscientização da população sobre os perigos das queimadas é parte integrante da estratégia de combate ao problema. Diversas campanhas de conscientização estão sendo realizadas, principalmente nas áreas rurais, onde o uso do fogo ainda é comum para a limpeza de terrenos.
A conscientização também se estende ao impacto das queimadas na saúde pública. A fumaça gerada pelos incêndios florestais agrava problemas respiratórios, especialmente em crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes, o que sobrecarrega o sistema de saúde pública durante o período de seca.
Colaboração entre governo e sociedade
A operação “São Paulo sem Fogo” destaca a importância da colaboração entre governo e sociedade no combate às queimadas. Denúncias feitas pela população têm sido essenciais para a identificação de focos de incêndio e a atuação rápida das equipes de fiscalização. A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística disponibiliza canais de denúncia anônima para que a população possa informar sobre queimadas ilegais.
Além disso, agricultores e proprietários rurais têm sido incentivados a adotar práticas mais sustentáveis e menos danosas ao meio ambiente, como o uso de técnicas de agricultura de conservação, que reduzem a necessidade de queimadas para a preparação de solos.
O combate às queimadas em São Paulo é uma tarefa contínua e de longo prazo. A operação “São Paulo sem Fogo” vem mostrando resultados significativos, mas o desafio ainda é grande. O estado continuará a investir em tecnologias de monitoramento e a ampliar a fiscalização, buscando reduzir o número de incêndios e mitigar seus efeitos no meio ambiente.
A expectativa é que, com o fortalecimento das ações de fiscalização e a conscientização da população, seja possível reduzir a prática de queimadas ilegais e seus impactos devastadores no estado. A preservação do meio ambiente é uma responsabilidade coletiva, e as ações do governo de São Paulo refletem esse compromisso.