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Home Economia Ibovespa

Ibovespa: investidores monitoram impacto de derrota do governo e dados de inflação

Cenário internacional com recordes nos EUA e cautela fiscal no Brasil influenciam o comportamento do Ibovespa nesta quinta-feira

23/10/2025
em Ibovespa, Brasil, Destaque, Dólar, News
Ibovespa: Investidores Monitoram Impacto De Derrota Do Governo E Dados De Inflação - Gazeta Mercantil

O Ibovespa opera com volatilidade nesta quinta-feira (9), refletindo o ambiente misto dos mercados internacionais e a repercussão da derrota do governo no Congresso após a queda da Medida Provisória (MP) que previa a taxação de aplicações financeiras. Com investidores atentos ao cenário político e às perspectivas econômicas, a Bolsa brasileira tenta sustentar a recuperação iniciada na véspera, após duas sessões de perdas consecutivas.

Na abertura, o Ibovespa apresentava leve oscilação positiva, acompanhando o movimento dos índices futuros norte-americanos, que operam próximos da estabilidade. O mercado busca direção diante da divulgação de indicadores de inflação e de declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de membros do Banco Central (BC).


Recordes em Wall Street e efeito da inteligência artificial nos mercados globais

Os principais índices dos Estados Unidos registraram novos recordes na quarta-feira (8), impulsionados pela retomada do rali de ações de tecnologia e inteligência artificial (IA). O S&P 500 e o Nasdaq atingiram máximas históricas, refletindo o entusiasmo dos investidores após a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed).

O documento mostrou que, apesar de as autoridades estarem divididas sobre o momento ideal para reduzir os juros, a maioria concorda que novos cortes devem ocorrer ainda em 2025. Esse cenário reforça o apetite por risco global, beneficiando mercados emergentes, inclusive o brasileiro.

Os futuros do S&P 500, Nasdaq e Dow Jones operavam estáveis nesta manhã, com variações entre -0,09% e +0,05%, indicando uma abertura sem grandes sobressaltos. Para o Ibovespa, o movimento internacional atua como suporte, especialmente para papéis ligados a commodities e tecnologia.


Derrota do governo no Congresso pressiona cenário fiscal e preocupa o mercado

No Brasil, o foco do dia está na repercussão da derrota do governo na Câmara dos Deputados, que retirou de pauta a Medida Provisória 1303 — proposta que tratava da taxação de aplicações financeiras e era considerada essencial para o ajuste das contas públicas.

Com a queda da MP, o governo federal perdeu uma de suas principais fontes de compensação fiscal previstas para 2025, o que aumentou o risco de desequilíbrio orçamentário. Em resposta, o presidente Lula afirmou que discutirá na próxima semana novas formas de cobrança sobre o sistema financeiro para garantir que “os bancos paguem o imposto devido”.

O impasse fiscal levou o Ministério da Fazenda a estudar alternativas emergenciais, como um novo aumento do IOF e possíveis cortes em emendas parlamentares para cobrir o rombo estimado em R$ 46 bilhões. Essa incerteza fiscal tende a gerar volatilidade nos mercados e pode limitar os ganhos do Ibovespa ao longo do pregão.


Inflação e política monetária: indicadores que definem o rumo do Ibovespa

Os investidores também acompanham atentamente os dados divulgados pelo IBGE sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do país. Segundo projeções da Reuters, a expectativa é de alta de 0,52% em setembro e de 5,22% no acumulado de 12 meses.

Se confirmados, os números reforçam a leitura de que o ciclo de corte de juros do Banco Central deve ser mais cauteloso. Na agenda do dia, o diretor de Política Monetária do BC, Nilton David, participa de um evento da Câmara Espanhola, onde deve comentar as perspectivas de política monetária e os desafios para o controle da inflação.

A trajetória dos juros é um dos principais vetores do Ibovespa, pois influencia diretamente o custo de capital e o fluxo de investimentos estrangeiros na Bolsa.


Ibovespa fecha em alta na véspera e tenta recuperação semanal

Na sessão anterior, o Ibovespa encerrou com alta de 0,56%, aos 142.145 pontos, impulsionado por ganhos de empresas como Ultrapar (UGPA3), B3 (B3SA3) e BTG Pactual (BPAC11). Mesmo com o avanço, o índice acumula queda de 1,43% na semana e recuo de 2,80% em outubro, após o forte rali registrado nos meses anteriores.

Desde o início de 2025, no entanto, o principal índice da Bolsa brasileira ainda acumula alta expressiva de 18,18%, resultado sustentado por fluxo estrangeiro positivo e recuperação de papéis ligados à economia doméstica.

O volume financeiro negociado na quarta-feira foi de R$ 20,1 bilhões, em linha com a média recente, demonstrando um mercado ainda seletivo e concentrado em ativos de maior liquidez.


Dólar oscila e juros futuros recuam com cautela fiscal

O dólar comercial encerrou a última sessão com queda de 0,12%, cotado a R$ 5,34, após forte volatilidade ao longo do dia. A moeda norte-americana chegou a atingir máxima de R$ 5,36, refletindo a aversão a risco causada pelo impasse político em Brasília, mas perdeu força com o enfraquecimento global do dólar frente a outras moedas.

Enquanto isso, os juros futuros (DIs) apresentaram queda em toda a curva, com exceção dos vencimentos mais curtos. As taxas recuaram entre 0,04 e 0,06 ponto percentual, refletindo expectativas de que o Banco Central mantenha o ritmo de cortes graduais na taxa Selic.

Esses movimentos têm impacto direto sobre o Ibovespa, já que juros mais baixos tornam as ações mais atrativas em relação aos investimentos de renda fixa.


Setores e ações que se destacam no Ibovespa

Entre os destaques do pregão anterior, o setor de varejo e serviços financeiros apresentou desempenho misto, enquanto empresas ligadas a commodities mostraram recuperação moderada.

As maiores altas do dia foram:

  • Ultrapar (UGPA3): +5,54%

  • B3 (B3SA3): +3,43%

  • BTG Pactual (BPAC11): +3,04%

  • Raia Drogasil (RADL3): +2,87%

  • Eneva (ENEV3): +2,43%

Já as principais baixas ficaram por conta de:

  • Hypera (HYPE3): -5,02%

  • Bravem (BRAV3): -3,10%

  • Suzano (SUZB3): -2,17%

  • Minerva (BEEF3): -1,79%

  • PetroRecôncavo (RECV3): -1,61%

As ações mais negociadas foram Banco do Brasil (BBAS3), Raia Drogasil (RADL3), B3 (B3SA3), Vale (VALE3) e Assaí (ASAI3) — papéis que respondem por boa parte do volume diário do Ibovespa.


Cenário político e impacto na confiança do investidor

A conjuntura política segue sendo um dos fatores de maior influência sobre o comportamento do Ibovespa. A derrota do governo no Congresso enfraqueceu a percepção de força da equipe econômica e aumentou as dúvidas sobre a capacidade do Executivo de avançar em pautas fiscais relevantes.

Para os investidores, a incerteza fiscal tem efeito duplo: de um lado, pode pressionar os juros futuros e o dólar; de outro, reduz o espaço para cortes mais agressivos da Selic, comprometendo o ritmo de valorização da Bolsa.

Apesar do ruído político, o Ibovespa segue sustentado pelo otimismo global e pela entrada de investidores estrangeiros, especialmente aqueles que buscam exposição a mercados emergentes com fundamentos sólidos.


Expectativas para o mercado internacional

No cenário externo, as atenções estão voltadas para as declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que devem indicar a direção da política monetária nos Estados Unidos. Investidores aguardam sinais sobre o equilíbrio entre o combate à inflação e a preservação do mercado de trabalho.

A paralisação do governo americano, em sua segunda semana, também gera incerteza, embora os analistas considerem improvável um impacto duradouro sobre os mercados. Ainda assim, qualquer deterioração na confiança do consumidor ou no ritmo da economia pode influenciar o desempenho das bolsas globais e, por consequência, do Ibovespa.


Perspectivas para o Ibovespa nos próximos dias

Para o curto prazo, analistas esperam que o Ibovespa continue operando com volatilidade, alternando movimentos de correção e repique. O índice deve seguir sensível a três fatores principais:

  1. Andamento da política fiscal e possíveis medidas compensatórias;

  2. Evolução da inflação e expectativas sobre a Selic;

  3. Cenário internacional, em especial o comportamento das bolsas americanas.

No médio prazo, a expectativa é de que o Ibovespa mantenha tendência positiva, sustentado pela melhora nos resultados corporativos e pela possibilidade de redução gradual dos juros. Caso o governo consiga sinalizar responsabilidade fiscal e estabilidade política, o mercado pode retomar a trajetória de alta vista no primeiro semestre.

O Ibovespa segue como o principal termômetro da economia brasileira, refletindo as incertezas políticas e as expectativas em torno da política monetária global. Nesta quinta-feira, o índice tenta consolidar ganhos diante de um ambiente de alta volatilidade, influenciado por recordes em Wall Street e preocupações com o cenário fiscal doméstico.

Enquanto o investidor monitora as próximas decisões do governo e do Banco Central, a atenção também se volta ao movimento internacional dos mercados — especialmente nos Estados Unidos, onde a política de juros do Fed segue como o principal vetor global de risco e oportunidade.

Tags: açõesBanco CentralBolsa de valorescâmbioDólareconomia brasileiraFederal ReserveIbovespainflaçãoIOFIPCAjurosLulaMercado FinanceiroMP 1303NasdaqS&P 500

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