O mercado financeiro brasileiro teve uma reviravolta durante o pregão desta terça-feira (21), com o Ibovespa perdendo tração na última hora e revertendo o sinal positivo observado no início do dia. Por volta das 12h47, o principal índice da B3 registrava uma leve queda, situando-se em torno dos 127.763 pontos.
Enquanto alguns ativos lutavam para manter o ímpeto positivo, outros enfrentavam desafios significativos. Entre os destaques positivos, os papéis da Yduqs (YDUQ3) se destacaram, sustentando ganhos desde a abertura do pregão. No horário mencionado, os ativos da empresa apresentavam um avanço de 10,69%, sendo negociados a R$ 13,87. Esse desempenho foi impulsionado pela divulgação do guidance da companhia para os próximos cinco anos, projetando um fluxo de caixa operacional bilionário entre 2025 e 2029.
Por outro lado, a Suzano (SUZB3) enfrentava pressão negativa devido a rumores de uma possível proposta mais alta pela International Paper, o que levantava preocupações sobre a alavancagem da empresa. Consequentemente, a Suzano perdeu valor de mercado, sendo avaliada em R$ 63,99 bilhões, enquanto suas ações registravam uma queda de 3,62%, cotadas a R$ 49,20.
No contexto mais amplo, uma sequência de altas no preço do minério de ferro na China trouxe alívio ao mercado, impulsionando ganhos em ativos relacionados à commodity. Neste dia, a commodity fechou com uma valorização de 1,68% em Dalian, marcando o quarto dia consecutivo de alta.
Gilberto Cardoso, CEO da Tarraco Commodities, atribuiu esse movimento ao fato de a China ter flexibilizado as regras hipotecárias e anunciado um mecanismo de reempréstimo de US$ 42 bilhões para projetos habitacionais na última sexta-feira (17), o que contribuiu para a demanda por minério de ferro.