Nesta quinta-feira, os juros futuros apresentam estabilidade, seguindo os ajustes do dia anterior. O cenário é marcado pela expectativa em relação a uma série de dados econômicos nos Estados Unidos e ao leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional.
Por volta das 9h30, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 era de 10,015%, enquanto a do DI para janeiro de 2026 registrava 9,805%. Já a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 9,99%, e a do DI para janeiro de 2029 recuava para 10,42%.
O mercado reagiu aos dados de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos divulgados na terça-feira, que superaram as expectativas de consenso. Isso gerou um ajuste global de posições, com os rendimentos dos Treasuries registrando forte avanço. No entanto, o pregão de ontem foi marcado por algum alívio, e as taxas dos títulos do Tesouro americano voltaram a cair, tendo continuidade hoje.
Dessa forma, observa-se um ajuste nas taxas locais durante a Quarta-feira de Cinzas, e hoje os juros futuros já exibem alguma queda, alinhados com os rendimentos dos títulos americanos.
Além disso, os investidores aguardam a divulgação dos dados semanais de seguro-desemprego nos EUA e os números de vendas no varejo, que podem fornecer novas pistas sobre o estágio do ciclo econômico americano e influenciar as apostas sobre o início dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed).
No contexto nacional, os operadores de renda fixa estão atentos ao leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional, que voltará a contar para as métricas de “dealers”. A expectativa com o leilão deve concentrar as atenções dos players, embora permaneçam vigilantes em relação aos dados do varejo e desemprego nos EUA.
Vale destacar que, após a surpresa com o IPCA de janeiro, as projeções de inflação para 2024 e 2025 foram revisadas para cima no Relatório Focus do Banco Central. A mediana das estimativas para 2024 subiu para 3,82%, enquanto a das estimativas para 2025 aumentou para 3,51%.
O mercado permanece atento aos desdobramentos internacionais e às políticas econômicas, buscando sinais para orientar suas estratégias de investimento em meio à volatilidade e incertezas globais.