No início desta segunda-feira, os juros futuros apresentaram aumento, prolongando a tendência observada desde os primeiros dias do ano. Após um significativo rali nos últimos meses de 2023, as taxas têm mostrado uma inclinação para cima recentemente, à medida que os agentes reavaliam suas projeções para a política monetária de curto prazo nos Estados Unidos. Esta semana, a atenção está voltada para as divulgações dos dados de inflação nos EUA e no Brasil.
Por volta das 9h40, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subiu de 10,055% para 10,075%; a do DI para janeiro de 2026 avançou de 9,665% para 9,715%; a do DI para janeiro de 2027 escalou de 9,79% para 9,845%; e a do DI para janeiro de 2029 subiu de 10,205% para 10,265%.
Os profissionais da Commcor destacam que o ano de 2024 está marcado por uma ausência de grandes impulsionadores nos mercados, com alguma realização de lucros após o forte rali de 2023. Mesmo em meio a incertezas na política monetária e riscos geopolíticos, os compradores de risco continuam ativos, contribuindo para a volatilidade nos ativos de risco.
Neste cenário, os agentes financeiros ajustam suas apostas em relação ao ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos. De acordo com o CME Group, a probabilidade implícita de um corte de juros na reunião de março do Fed está em torno de 64%. Simultaneamente, os rendimentos da T-note de 2 anos e da T-note de 10 anos mostram variações.
A “cereja do bolo” desta semana será a divulgação dos dados de inflação de dezembro nos EUA (CPI) e Brasil (IPCA) no dia 11. O foco está especialmente no caso norte-americano, considerando a resiliência da atividade econômica mesmo em um cenário de aperto das condições monetárias. Além disso, o fechamento relevante da curva de juros nos EUA ao final de 2023 levou parte do mercado a apostar na antecipação do ciclo de afrouxamento pelo Fomc.