O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou hoje a meta de inflação de 2026 em 3%, informaram os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento. O intervalo de tolerância, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, foi mantido. Também foram mantidas as metas de inflação de 2024 e 2025 em 3%, ambas com tolerância de 1,5 ponto percentual.
No início do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou algumas vezes a meta atual de inflação, de 3,25% para este ano e 3% para os anos seguintes e chegou a defender um patamar mais elevado, próximo de 4,5%.
Com isso, o mercado passou a precificar alguma elevação e as expectativas de inflação captadas pelo relatório Focus, levantamento divulgado pela autoridade monetária com agentes econômicos, ficaram maiores em períodos mais longos.
As projeções de analistas de instituições financeiras e consultorias ficaram estacionadas em 4% por um tempo e começaram a cair há um mês com a tendência de manutenção das metas.
O sistema de metas foi adotado pelo Banco Central (BC) em 1999. Nas ocasiões em que a inflação fica fora do intervalo de tolerância, o presidente da autoridade monetária é obrigado a escrever uma carta ao ministro da Fazenda, detalhando as razões pelas quais houve a extrapolação.
Fazem parte do CMN o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministro do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto.