O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou nesta quinta-feira (15) a nomeação de Carlos Luis Vieira Pires como interventor da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Essa decisão ocorre após a fuga de dois detentos da unidade prisional, um episódio inédito no sistema penitenciário federal do Brasil. Carlos Luis Vieira Pires, ex-diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas (PR), assume o cargo em substituição a Humberto Gleydson Fontinele Alencar, afastado de suas funções após o incidente.
O histórico de Carlos Luis Vieira Pires
Com uma trajetória de mais de 15 anos como agente federal de execução penal, Carlos Luis Vieira Pires possui uma vasta experiência no sistema prisional brasileiro. Entre janeiro de 2019 e abril de 2023, Pires atuou como diretor da Penitenciária Federal em Catanduvas (PR), uma das unidades de segurança máxima do país. Posteriormente, assumiu a coordenação-geral de Classificação e Remoção de Presos, uma importante função dentro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Fuga na Penitenciária Federal de Mossoró
A fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento da Penitenciária Federal de Mossoró foi um acontecimento sem precedentes no sistema prisional federal do Brasil. Essa unidade, assim como as demais penitenciárias federais em funcionamento no país, é classificada como de segurança máxima e conta com um avançado sistema de vigilância, incluindo monitoramento de vídeo e captação de som ambiente.
A fuga dos detentos levou à imediata tomada de providências por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além do afastamento do diretor anterior e da nomeação de um novo interventor, o ministro Ricardo Lewandowski determinou a revisão dos protocolos de segurança em todas as penitenciárias federais do país.
Investigações em andamento
A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da fuga e possíveis responsabilidades. As autoridades estão empenhadas em localizar e recapturar os fugitivos, contando com o apoio de diferentes órgãos de segurança, incluindo a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar do Rio Grande do Norte.
Reforço na vigilância
Como parte dos esforços para recapturar os fugitivos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública reforçou a vigilância nas fronteiras do Rio Grande do Norte com os estados da Paraíba e do Ceará. Além disso, a Interpol foi acionada para auxiliar nas buscas, incluindo a inclusão dos dados dos fugitivos nos sistemas internacionais de monitoramento.