O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na plenária do G7 nesta sexta-feira (14) para reiterar a proposta brasileira de taxação internacional dos super-ricos, destacando a necessidade de uma contribuição justa em impostos por parte dos mais abastados. Durante o encontro de líderes das sete maiores economias do mundo, Lula enfatizou que a concentração excessiva de poder e renda representa um risco à democracia.
Proposta de Taxação Internacional
Em dezembro do ano passado, Lula sancionou a Lei 4.173, que estabelece a taxação de investimentos feitos no exterior por meio de offshores e fundos exclusivos. Já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos”, afirmou o presidente, ressaltando a urgência de uma abordagem internacional coordenada para garantir que os mais ricos contribuam de maneira proporcional aos seus ganhos.
Conferência sobre Paz na Ucrânia
Além da questão tributária, Lula abordou a crise na Ucrânia, apelando para a realização de uma conferência internacional sobre paz que inclua tanto a Rússia quanto a Ucrânia. “Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar. Somente uma conferência internacional que seja reconhecida pelas partes, nos moldes da proposta de Brasil e China, viabilizará a paz”, declarou o presidente.
A proposta brasileira de uma conferência de paz, elaborada em conjunto com a China, busca mediar o conflito com a participação de todas as partes envolvidas, enfatizando a importância do diálogo e da diplomacia para resolver a crise.
Contexto Global e Reações
O discurso de Lula no G7 ocorre em um momento de crescente desigualdade global e tensões geopolíticas. A taxação dos super-ricos tem sido um tema recorrente em debates internacionais sobre justiça fiscal e distribuição de renda. A iniciativa brasileira visa não apenas aumentar a receita tributária, mas também promover uma maior equidade econômica global.
O apelo por uma conferência de paz na Ucrânia reforça o papel do Brasil como mediador internacional, buscando soluções diplomáticas para conflitos prolongados. A proposta de Lula, apoiada pela China, destaca a necessidade de uma abordagem multilateral para a paz, contrastando com a atual dinâmica de confrontos militares.
O pronunciamento de Lula no G7 sublinha a postura ativa do Brasil em questões econômicas e de segurança global, promovendo medidas para uma distribuição mais justa da riqueza e a resolução pacífica de conflitos. A proposta de taxação dos super-ricos e a convocação para uma conferência de paz na Ucrânia refletem o compromisso do presidente brasileiro com a justiça econômica e a diplomacia internacional.