De acordo com levantamento, 63,5% dos consumidores acreditam que o nível de atividade está dando sinais de melhora
Os consumidores mineiros estão mais otimistas com relação aos rumos da economia do Brasil. Mais da metade (63,5%) acredita que a atividade econômica no País está dando sinais de melhora. É o que revela o levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de Minas Gerais (FCDL-MG).
Porém, durante a pesquisa realizada entre os dias 20 e 27 de junho, 28,8% dos entrevistados disseram que nada mudou e 7,7% afirmaram que a economia piorou.
Quanto à própria situação econômica atual, 48,1% dos consumidores em Minas Gerais disseram que permanece igual ao ano anterior. Outros 40,4% afirmaram que houve melhora e 11,5% disseram que a situação piorou, tendo como justificativa certa falta de planejamento financeiro.
O analista de Mercado da FCDL-MG, Vinicius Carlos Silva, explica que a expectativa para a economia no segundo semestre gira em torno da redução da taxa de juros. “Que, por sua vez, terá impacto diretamente no crédito e na dinâmica dos negócios, mesmo que a médio prazo”, conclui.
Ele ressalta que a redução da taxa Selic não será sentida de forma imediata pelos agentes financeiros e pelos consumidores. “A conjuntura atual pode ser caracterizada por um processo desinflacionário, mas as incertezas em relação à estabilidade dos preços mantêm a taxa de juros em patamares elevados. Isso prejudica a celeridade de nossa economia, com impactos no consumo e na produção, em função do crédito caro”, afirma.
Percepção de aumento de preços
O levantamento feito pela FCDL-MG ainda revelou que 80,8% dos consumidores mineiros entrevistados disseram que os preços dos produtos seguem aumentando, contra 11,5% que relataram diminuição. Outros 7,7% acreditam que os preços praticados estão no mesmo patamar.
Silva conta também que as famílias estão buscando alternativas na intenção de otimizarem seus gastos. “Uma das formas utilizadas é experimentar novos produtos ou serviços que caibam melhor no orçamento”, ressalta.
Em Minas Gerais, 78,8% dos consumidores tiveram que experimentar outras marcas de produtos diferentes daquelas que estão acostumados a comprar. Apenas 21,2% mantiveram o consumo dos produtos de suas marcas de preferência.
O analista de Mercado da FCDL-MG explica que os consumidores no Estado permanecem, portanto, cautelosos até os efeitos de uma possível redução dos juros.
“Embora o cenário seja de otimismo e de queda da inflação, até que os impactos de uma possível redução da taxa de juros cheguem aos preços dos produtos e ao bolso dos consumidores, eles seguirão cautelosos no momento de compra para não estourarem o orçamento”, afirma.