Os contratos do ouro fecharam o dia em alta firme, de mais de 1%, impulsionado pela queda expressiva no dólar e no rendimento dos Treasuries. Todo esse movimento se deu após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de junho dos Estados Unidos, que veio abaixo das estimativas, e fez o mercado reavaliar suas apostas para os próximos movimentos do Federal Reserve (Fed, banco central americano).
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto fechou em alta de 1,25%, a US$ 1.961,70 por onça-troy. Esse foi o nível de fechamento mais alto do contrato mais líquido desde 16 de junho, segundo dados do FactSet.
O CPI subiu 0,2% em junho ante maio e acumulou uma alta de 3% na base anual. O indicador revelou uma ligeira alta no mês, mas segue desacelerando em base anual, depois de registrar 4% em maio e 4,9% em abril. O CPI em base anual de 3% é o menor registrado desde março de 2021.
Após a divulgação do indicador, dados do CME Group, baseados nos futuros do fed funds, mostraram que a aposta de alta de 0,25 ponto percentual para a reunião deste mês do Fed continuaram acima dos 90%, com a taxa ficando entre 5,25% a 5,50% ao ano. Contudo, as apostas de que a taxa fique inalterada no encontro de setembro subiram de 72,14%, ontem, para 82,3% hoje.
— Foto: Andreas Gebert/Bloomberg