O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado, que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos é uma questão da Justiça, que “não mexe com a tranquilidade do governo”.
“Isso é um problema da Justiça. Não é um problema meu. Ele [Bolsonaro] sabe o que ele fez. Se ele acertou, ele será recompensado. Se ele errou, ele será julgado e será punido de acordo com o que ele cometeu”, disse.
Bolsonaro foi condenado por 5 votos a 2 devido à prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Lula deu a declaração no momento em que deixava o estádio Mané Garrincha, em Brasília, onde visitou a seleção brasileira de futebol feminino.
Ele também comentou a expectativa em relação a votações de matérias de interesse do governo no Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), convocou sessão para segunda-feira, às 16h, com a reforma tributária e três projetos de lei do governo na pauta, incluindo o novo arcabouço fiscal do país.
“O presidente da República não fica nervoso com votação no Congresso. Eu não perco nenhuma noite de sono. A gente manda para lá o processo, manda medida provisória, manda projeto de lei. O Congresso tem o tempo dele para se reunir e votar”, declarou.
“O Senado tem o tempo dele. Não são obrigados a concordar 100% com o governo. Eles podem propor mudanças. A gente pode aceitar ou não, e assim a vida segue. Sem nervosismo”, complementou.
O presidente afirmou que o Brasil está vivendo um momento de muita tranquilidade. “Não há tempo para nervosismo e para a gente perder a calma. O Brasil está se encontrando consigo mesmo.”