O mercado de petróleo registrou um aumento superior a 1% hoje, acelerando no final do pregão e recuperando-se da queda de ontem, mesmo com o alívio das tensões no Oriente Médio. Fatores sazonais, que tendem a fortalecer a demanda pela commodity em todo o mundo, impulsionaram os preços.
O preço do WTI para junho fechou em alta de 1,78%, atingindo US$ 83,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Enquanto isso, o Brent para julho subiu 1,53%, alcançando US$ 87,39 o barril, na Intercontinental Exchange.
Pela manhã, os preços do petróleo estavam em queda, com as tensões no Oriente Médio contidas, o que vinha pressionando as cotações para baixo desde a semana passada. No entanto, analistas do BOC Financial observaram que os investidores começaram a voltar sua atenção para a demanda sazonal da commodity e para os números de produção nos países.
Para a Spartan Capital, os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) robustos da Europa, divulgados pela manhã, sustentaram as expectativas por uma demanda aquecida. O Lombard Odier também destacou que os preços devem permanecer elevados, mesmo na ausência de uma escalada nas tensões entre Irã e Israel.
O aumento da demanda global, aliado às perturbações na oferta russa e aos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), deverá manter os preços “no limite superior da faixa de US$ 80-90 por barril. Além disso, mesmo em caso de perturbação na oferta de petróleo devido aos conflitos, o Lombard Odier indicou que a Opep poderia usar sua capacidade não utilizada para conter o cenário e manter os mercados abastecidos.
O Commerzbank destacou que as novas sanções dos EUA ao Irã, anunciadas nesta semana, podem pressionar ainda mais as exportações iranianas, limitando suas opções logísticas para levar o óleo à China, por exemplo, o que poderia estreitar ainda mais o mercado.