O petróleo recuou nesta terça-feira (25), devolvendo o avanço registrado ontem, conforme o dólar se fortalecia no exterior. Além disso, investidores continuaram focados nas preocupações com a demanda global e nas notícias sobre os conflitos no Oriente Médio.
Quedas nos Preços do Petróleo
O WTI para agosto fechou em queda de 0,98% (US$ 0,80), cotado a US$ 80,83 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para setembro caiu 1,09% (US$ 0,93), encerrando o dia a US$ 84,22 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Influências Econômicas e Previsões
O City Index apontou que investidores de commodities estão operando com cautela durante esta semana, em função das preocupações de que uma inflação resiliente nos Estados Unidos possa minar possíveis cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda este ano. A leitura da inflação do PCE de maio, a medida de alta de preços favorita do Fed, será divulgada na sexta-feira.
Projeções de Preços do Petróleo
Hoje, o Julius Baer atualizou para baixo sua projeção para os preços do petróleo nos próximos três meses. A instituição suíça prevê que uma estagnação na demanda global, somada à expansão da produção de óleo, deve derrubar os preços para US$ 77,5 em três meses e US$ 72,5 em doze meses.
Por outro lado, o TD Securities afirmou que, embora o petróleo esteja em queda, uma descida robusta de preços não é provável. O banco canadense identificou um aumento no risco de fornecimento de energia global devido às tensões no Oriente Médio, com o recrudescimento das relações entre Israel e Líbano e novos ataques a navios no Mar Vermelho, que continuam a reduzir o tráfego na rota comercial da região.
“O impulso aos preços é limitado pelo aumento da oferta global e pelas possíveis altas na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)”, observou o TD.
Aumento de Receita Russa
Hoje, os investidores também repercutiram a notícia da Reuters de que a Rússia deve registrar um aumento de 50% em sua receita com petróleo e gás durante o mês de junho, alcançando US$ 9,4 bilhões. O aumento é atribuído à capacidade do país de mitigar os impactos das sanções ocidentais às commodities locais.