Uma pesquisa anual realizada pelo BTG Pactual revelou que o preço das roupas no Brasil figura entre os mais altos do mundo, conforme apontado pelo Índice Zara, utilizado como base para o levantamento. Segundo os dados, o custo com peças de vestuário no país está 3% mais alto em comparação com os Estados Unidos.
O resultado reflete um aumento no custo das roupas no Brasil, já que a pesquisa do ano anterior indicou que os preços estavam 1% mais caros em relação ao mercado norte-americano. O Índice Zara, que analisa os preços de 12 produtos da famosa loja em 54 países, destaca que apenas nove nações têm preços mais altos que o Brasil.
A Suíça lidera o ranking, com preços 19% mais altos que os praticados nos Estados Unidos. Outros países com valores superiores incluem Arábia Saudita (9%), Tailândia (7%), México (5%) e Equador (3%).
Apesar do aumento nos preços, o BTG destaca que o poder de compra dos brasileiros cresceu devido à valorização do real frente ao dólar. A análise do banco revela um aumento de 9% na cotação do real em relação ao dólar, tornando os produtos brasileiros 85% mais caros que os equivalentes nos Estados Unidos, em comparação a 102% no ano anterior.
No entanto, a chegada de varejistas estrangeiras, como a Shein, levanta debates no mercado sobre o poder de marketing da marca versus a concorrência com as empresas locais. A Shein, conhecida por seus preços acessíveis, enfrenta desafios no mercado brasileiro, onde os custos com roupas ainda são considerados elevados.
Em comparação com outras grandes varejistas de moda no Brasil, a Shein pratica preços 28% mais baixos que a Renner, 31% menores que a Riachuelo e 33% mais baratos que a C&A. O relatório do BTG destaca que a Shein deve ter atingido um volume total transacionado de R$ 10 bilhões no Brasil em 2023, representando um crescimento superior a 40% em relação aos R$ 7 bilhões registrados em 2022.