Goldman Sachs Avalia Setor de Petróleo: Petrobras em Alta e PRIO3 Rebaixada
Análise das Ações de Petrolíferas Pelo Goldman Sachs
A incerteza quanto aos preços do petróleo tem impactado diretamente as recomendações de investimento no setor de energia. O Goldman Sachs divulgou um relatório com avaliações atualizadas para as principais empresas do setor, destacando Petrobras (PETR3;PETR4) como a melhor opção de compra, enquanto PRIO (PRIO3) foi rebaixada para “neutro” e Brava Energia (BRAV3) recebeu recomendação de venda.
Com riscos significativos no médio prazo para a cotação do petróleo, o banco sugere uma abordagem seletiva para investidores interessados em ações de petroleiras. Entre os fatores que podem influenciar o mercado, destacam-se as sanções internacionais e a possibilidade de escalada tarifária, impactando a demanda global.
Petrobras (PETR3;PETR4): A Preferida do Goldman Sachs
Diante da volatilidade do setor, o Goldman Sachs reforçou a preferência pela Petrobras, apontando a estatal como uma opção atrativa para investidores que buscam rendimento de dividendos com risco operacional reduzido. Além disso, a empresa possui um planejamento sólido para crescimento nos próximos anos, com previsão de forte fluxo de caixa e distribuição de dividendos robustos em 2025-2026.
Com a estabilidade operacional e uma estratégia voltada para otimização de ativos, a Petrobras segue resiliente frente às oscilações do mercado, mantendo-se como uma opção atrativa para investidores.
PRIO (PRIO3) Rebaixada: Riscos com Wahoo Impactam Projeções
Embora a PRIO continue sendo negociada a um preço considerado atrativo, o Goldman Sachs rebaixou a recomendação de compra para “neutro” devido às incertezas relacionadas ao projeto Wahoo. O banco alerta para riscos significativos no cronograma de extração do primeiro óleo da jazida.
Apesar de a PRIO ter obtido uma licença de perfuração do Ibama, a emissão da licença final para operação ainda está pendente, o que pode gerar novos atrasos. Segundo o Goldman Sachs, há grande chance de que a produção de Wahoo só inicie no começo de 2026.
Essa incerteza fez com que a previsão de valorização da PRIO ficasse limitada no curto prazo. O preço-alvo da ação foi definido em R$ 47,60, implicando uma alta de cerca de 20% sobre o preço atual.
Brava Energia (BRAV3): Venda Recomendada pelo Goldman
Dentre as empresas analisadas, a Brava Energia (BRAV3) recebeu a avaliação mais negativa, com recomendação de venda. O Goldman Sachs justifica essa decisão apontando que a empresa possui uma maior sensibilidade às oscilações do preço do petróleo e um fluxo de caixa menos atraente em comparação a seus concorrentes.
O banco também reduziu a projeção de Ebitda da companhia para 2026 em 15% abaixo do consenso de mercado. Esse corte levou o preço-alvo da Brava a cair de R$ 23,00 para R$ 20,60, reforçando a expectativa negativa para o desempenho da ação nos próximos anos.
Visão do Goldman Sachs para Outras Petroleiras
Além da Petrobras, o Goldman Sachs manteve uma visão positiva para a Vista Energy, destacando seu potencial de crescimento para 2025. No entanto, para a PetroReconcavo (RECV3), a recomendação é neutra, devido à visibilidade limitada sobre seu crescimento.
O banco também reforça a preferência por utilities brasileiras, incluindo Sabesp (SBSP3), Equatorial (EQTL3) e Copel (CPLE6), devido à sua menor exposição à volatilidade dos preços do petróleo e um valuation atrativo.
A nova análise do Goldman Sachs reforça que, em meio a um cenário de incertezas sobre os preços do petróleo, investidores devem ser seletivos ao escolher empresas do setor. Enquanto a Petrobras (PETR3;PETR4) se destaca como uma opção segura e lucrativa, PRIO3 e Brava Energia enfrentam desafios que limitam seu potencial de crescimento a curto e médio prazo.
A evolução dos preços das commodities e os desdobramentos regulatórios serão decisivos para definir o desempenho dessas empresas nos próximos anos, mantendo o setor de petróleo sob os holofotes do mercado financeiro.