O prédio mais alto de São Paulo ficará na zona sul com 219 metros de altura
A cidade de São Paulo, conhecida por seu horizonte marcado por arranha-céus imponentes, está prestes a receber um novo gigante que transformará o cenário urbano. O Paseo Alto das Nações, atualmente em construção na zona sul da capital paulista, se tornará o edifício mais alto da cidade até o final de 2025, superando o Platina 220, atual recordista com 172 metros de altura.
Localizado em Santo Amaro, às margens da Marginal Pinheiros, o Paseo Alto das Nações é um complexo imobiliário ambicioso que promete não só bater recordes de altura, mas também redefinir o conceito de empreendimento de uso misto na cidade. Uma das três torres do complexo atingirá impressionantes 219 metros de altura, distribuídos em 39 andares dedicados exclusivamente ao uso comercial.
Um Complexo Imobiliário Inovador
O Paseo Alto das Nações não é apenas sobre altura; ele representa uma nova fase de verticalização e desenvolvimento urbano em São Paulo. O complexo, administrado pela Carrefour Property, abrigará três torres, cada uma com uma função distinta. O projeto já conta com uma torre inaugurada, que mescla apartamentos residenciais e escritórios, além de um shopping com 40 lojas espalhadas em 5 mil m².
Entretanto, a grande atração do empreendimento será a torre comercial de 219 metros. No topo, uma estrutura de vidro suspensa servirá como mirante, oferecendo uma vista panorâmica da cidade. O mirante terá 16 m² e capacidade para suportar 300 kg/m², sendo uma atração semelhante à estrutura do Vale do Anhangabaú, porém maior e mais moderna.
Além disso, o complexo contará com um parque de 32 mil m², já em funcionamento, que oferece uma área verde ampla e acesso direto à estação Granja Julieta da linha 9-esmeralda da CPTM, integrando o projeto à malha de transporte público da cidade.
Expansão Imobiliária e o Plano Diretor
A construção de grandes torres em São Paulo não é um movimento recente, mas a rapidez com que o Paseo Alto das Nações superará o Platina 220 reflete a atual fase de expansão imobiliária. A cidade está em um momento de transformação, impulsionada por recentes revisões do Plano Diretor que incentivam a verticalização, especialmente em áreas próximas a estações de metrô, trem e corredores de ônibus.
A revisão do Plano Diretor aprovada no ano passado ampliou as zonas onde edifícios de grande porte podem ser construídos, o que acelerou a verticalização em regiões como Chucri Zaidan e Berrini, já conhecidos por serem polos de desenvolvimento econômico e imobiliário.
Esse movimento de construção de torres cada vez mais altas acompanha o crescimento da demanda por espaços comerciais e residenciais em áreas centrais e de fácil acesso. A proximidade do Paseo Alto das Nações a importantes vias de circulação e a sua conexão direta com o transporte público fazem dele um exemplo perfeito de como o urbanismo moderno se adapta às necessidades de uma megacidade como São Paulo.
A História dos Arranha-céus em São Paulo
A construção de arranha-céus em São Paulo tem uma longa história. Antes do Platina 220, o título de edifício mais alto da cidade era do Mirante do Vale, localizado no centro da capital, com 170 metros de altura. O Mirante do Vale manteve o posto por mais de cinco décadas, até ser ultrapassado em 2022.
Esse histórico mostra como a cidade tem se adaptado ao longo dos anos à crescente demanda por espaço, tanto para fins comerciais quanto residenciais. O Paseo Alto das Nações é apenas o mais recente exemplo dessa tendência contínua de verticalização, que parece não ter fim.
Impactos Econômicos e Urbanísticos
O Paseo Alto das Nações não é apenas um marco de engenharia e arquitetura; ele também representa uma importante alavanca econômica para a região. Projetos dessa magnitude atraem novos negócios, geram empregos e aumentam a visibilidade de Santo Amaro como um centro comercial e residencial de alto padrão.
Além disso, a integração de áreas verdes e o fácil acesso ao transporte público tornam o projeto um exemplo de urbanismo sustentável, algo cada vez mais necessário em grandes centros urbanos. Ao oferecer uma combinação de trabalho, moradia e lazer em um único espaço, o Paseo Alto das Nações reflete as tendências globais de criação de “cidades dentro de cidades”, onde tudo que as pessoas precisam está ao alcance de poucos passos.
O Futuro da Verticalização em São Paulo
Com a conclusão do Paseo Alto das Nações prevista para 2026, quando a última das três torres – uma torre residencial de 38 andares e 216 apartamentos – será finalizada, o complexo marcará o encerramento de um ciclo de quatro anos desde que o Platina 220 tomou o título de prédio mais alto da cidade.
No entanto, o debate sobre até onde a verticalização de São Paulo pode chegar ainda está longe de acabar. Durante as eleições municipais de 2024, o candidato Pablo Marçal (PRTB) propôs a construção do edifício mais alto do mundo, com um quilômetro de altura, na região sul da capital. Embora especialistas considerem o projeto inviável devido à legislação de urbanismo atual, a proposta reflete o desejo de parte da população e de alguns políticos de ver São Paulo se destacando no cenário mundial, não apenas como uma metrópole comercial, mas também como um ícone arquitetônico.
A construção do Paseo Alto das Nações é um marco não apenas para o skyline de São Paulo, mas também para o futuro do desenvolvimento urbano da cidade. Com 219 metros de altura e uma estrutura inovadora que inclui um mirante suspenso e um parque integrado ao transporte público, o complexo é um exemplo perfeito de como a verticalização pode ser integrada ao planejamento urbano sustentável.
Enquanto a cidade continua a crescer e se adaptar às novas demandas de espaço, o Paseo Alto das Nações permanecerá como um símbolo de inovação e progresso na maior cidade do Brasil.