No último pleito realizado no Egito, o presidente Abdel Fattah al-Sisi assegurou sua permanência no cargo ao conquistar um terceiro mandato de seis anos, recebendo expressivos 89,6% dos votos, de acordo com a autoridade eleitoral do país. As eleições ocorreram entre os dias 10 e 12 de dezembro.
Uma das características marcantes dessa eleição foi o notável aumento na participação popular. Dados revelam que 66,8% da população com direito a voto compareceu às urnas, representando um significativo aumento em relação à última eleição, em 2018, quando apenas 41% dos eleitores exerceram seu direito nas urnas.
O pleito contou com a presença de outros três candidatos, todos com pouca expressividade diante do atual líder do país. O principal concorrente, Ahmed Tantawy, jornalista e ex-membro do parlamento, retirou-se da corrida eleitoral em outubro, alegando que as autoridades dificultaram sua nomeação.
Tantawy relatou que autoridades e indivíduos ligados ao governo impediram que seus apoiadores enviassem os documentos autenticados necessários para confirmar sua candidatura. Essa situação levantou questionamentos sobre a equidade do processo eleitoral, destacando desafios e obstáculos enfrentados por candidatos alternativos.
O resultado da eleição reforça a posição consolidada de al-Sisi no cenário político egípcio, enquanto o aumento na participação sugere um crescente interesse e engajamento por parte da população nas questões políticas do país. O governo recém-eleito enfrentará desafios importantes, e o desenrolar dos acontecimentos será observado de perto pela comunidade internacional.