No cenário financeiro atual, o dólar apresenta uma queda consistente em relação ao real, enquanto os juros futuros oscilam em torno da estabilidade, com um leve viés altista no “miolo” da curva. Os investidores aguardam a entrevista coletiva do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para obter insights sobre as perspectivas econômicas.
Por volta das 10h, o dólar era cotado a R$ 4,8812 no mercado à vista, representando uma queda de 0,62%. No mesmo horário, o dólar futuro para janeiro apresentava uma queda de 0,69%, situando-se em R$ 4,8815.
No mercado de juros, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 registrou uma leve variação, passando de 10,05% no ajuste anterior para 10,04%. A taxa do DI para janeiro de 2026 permaneceu em 9,595%, enquanto a do contrato para janeiro de 2027 oscilou de 9,68% para 9,685%. Já a taxa do DI para janeiro de 2029 subiu de 10,075% para 10,085%.
O ambiente de aversão ao risco observado nos mercados globais recentemente está dando lugar a um viés mais positivo. Os futuros dos principais índices acionários em Nova York indicam uma recuperação, e a tendência de um dólar mais fraco continua a prevalecer. Nesse contexto, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de outras seis moedas principais, recuava 0,37% para 102,03 pontos.
A entrevista coletiva de Roberto Campos Neto, prevista para as 11h, é aguardada com expectativa, especialmente no momento em que os participantes do mercado reavaliam as expectativas para a taxa básica de juros (Selic) no final do ciclo. O Relatório de Inflação (RI) do quarto trimestre, divulgado pelo BC, também influencia o cenário.
O Bradesco, em uma revisão de cenário divulgada hoje, manteve a expectativa de uma Selic em 9,25% no final de 2024 e projetou uma taxa de juros básica de 8,5% em 2025. A equipe de economistas ressalta que, se esse cenário se concretizar, uma Selic inferior a 9,25% pode ir contra a condução atual da política monetária, destacando a importância de manter as expectativas de inflação alinhadas.