Rejeição de Eduardo Bolsonaro chega a 68% e preocupa cenário eleitoral para 2026
A rejeição de Eduardo Bolsonaro alcançou níveis recordes nas pesquisas eleitorais, mostrando que o deputado federal do PL-SP enfrenta grande resistência entre os eleitores brasileiros. Segundo levantamento Genial/Quaest divulgado em outubro de 2025, 68% dos entrevistados afirmaram conhecer e não votar em Eduardo, enquanto apenas 20% disseram que conhecem e votariam nele. Outros 12% declararam não conhecer o parlamentar. Este cenário evidencia a crescente impopularidade do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e projeta desafios significativos para o cenário político de 2026.
Crescimento da rejeição ao longo de 2025
Os dados mostram que a rejeição de Eduardo Bolsonaro tem aumentado de forma constante ao longo deste ano. Em janeiro, 55% dos eleitores afirmavam que não votariam no deputado, percentual que subiu para 56% em março e maio, alcançando 57% em agosto. Em setembro, o índice disparou para 68%, evidenciando a tendência negativa de popularidade.
Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente inelegível, aparece como o segundo nome mais rejeitado, com 63%. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro registra 61% de rejeição, seguida de Ciro Gomes (60%) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (51%). Entre os governadores, Tarcísio de Freitas (SP) aparece com 41%, Ratinho Júnior (PR) com 40%, Romeu Zema (MG) com 34% e Ronaldo Caiado (GO) com 32%.
Implicações para a eleição de 2026
A alta rejeição a Eduardo Bolsonaro indica que o parlamentar enfrenta um cenário desfavorável caso decida concorrer à presidência em 2026. A pesquisa destaca que, se a eleição fosse hoje, Eduardo estaria a 15 pontos percentuais atrás de Lula, com 31% contra 46% do atual presidente. Esses números reforçam que a rejeição de Eduardo Bolsonaro é um obstáculo significativo para sua competitividade política.
Além disso, a liderança de Lula se mantém sólida em todos os cenários de primeiro turno, variando entre 35% e 43%. Sem a presença de Jair Bolsonaro, Michelle e Tarcísio aparecem como alternativas de oposição mais competitivas, com 21% e 19% (ou 18%) respectivamente.
Fatores que contribuem para a rejeição
Diversos fatores contribuem para o crescimento da rejeição de Eduardo Bolsonaro. Um deles é sua permanência nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025, o que pode ser interpretado por parte do eleitorado como afastamento da política nacional. Além disso, o histórico familiar e a associação com o governo do pai, marcado por polêmicas, influencia negativamente a percepção pública.
Outro ponto relevante é a percepção de baixa competitividade política do deputado. Felipe Nunes, diretor da Quaest, destacou que Eduardo é considerado um dos menos competitivos entre os candidatos testados, reforçando que sua rejeição não se limita apenas à comparação com Lula, mas também em relação a outros presidenciáveis.
Cenário de oposição e alternativas
A pesquisa evidencia que, mesmo com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, a oposição enfrenta desafios para consolidar um nome competitivo. Michelle Bolsonaro surge como alternativa viável, enquanto Tarcísio de Freitas e outros governadores podem ocupar espaço no cenário eleitoral.
A elevada rejeição de Eduardo Bolsonaro reforça a necessidade de a oposição revisar estratégias e buscar candidatos capazes de dialogar de forma mais ampla com o eleitorado. Sem mudanças significativas, o PL pode enfrentar dificuldades para apresentar uma candidatura viável contra Lula em 2026.
Metodologia da pesquisa
O levantamento Genial/Quaest entrevistou 2.004 pessoas em 120 municípios brasileiros entre os dias 2 e 5 de outubro de 2025. A pesquisa apresenta nível de confiabilidade de 95% e margem de erro de 2 pontos percentuais, conferindo robustez aos dados e à interpretação sobre a rejeição de Eduardo Bolsonaro.
Repercussões políticas e eleitorais
O crescimento da rejeição de Eduardo Bolsonaro repercute diretamente no planejamento eleitoral do PL e da oposição. Estratégias de comunicação, presença em eventos públicos e posicionamento em temas-chave deverão ser ajustados para tentar reduzir o índice de rejeição e conquistar eleitores indecisos.
Além disso, a percepção de baixa competitividade pode impactar alianças políticas, já que partidos aliados podem reavaliar apoio ou buscar outras candidaturas mais viáveis para enfrentar Lula e manter relevância na disputa presidencial.
Comparativo com outros presidenciáveis
No cenário atual, a rejeição a Eduardo Bolsonaro supera a de diversos outros presidenciáveis, incluindo nomes históricos como Lula (51%) e Ciro Gomes (60%). Essa diferença evidencia a dimensão do desafio enfrentado pelo deputado e a necessidade de mudanças estratégicas para reduzir a rejeição e aumentar a competitividade.
Enquanto isso, candidatos menos polarizados, como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado, apresentam índices de rejeição consideravelmente mais baixos, mostrando que existe espaço para novas alternativas de oposição mais competitivas.
O impacto da rejeição na campanha
A elevada rejeição de Eduardo Bolsonaro impacta diretamente na campanha eleitoral, influenciando desde a formulação de discursos até a alocação de recursos para publicidade e eventos. Campanhas bem-sucedidas dependem de reduzir rejeição e ampliar base de apoio, tornando esse indicador crucial para qualquer estratégia política em 2026.
Perspectivas para os próximos meses
Com a eleição a um ano de distância, o cenário pode evoluir. No entanto, a tendência atual indica que Eduardo Bolsonaro precisará adotar medidas concretas para reduzir sua rejeição e melhorar sua competitividade eleitoral. Isso inclui maior presença em políticas públicas, articulação política e comunicação estratégica voltada a diferentes perfis de eleitores.
A oposição, por sua vez, poderá aproveitar o alto índice de rejeição para consolidar alternativas mais bem aceitas pelo eleitorado, buscando construir uma candidatura capaz de disputar de forma mais equilibrada com Lula e fortalecer o bloco oposicionista.
Cenário desafiador para Eduardo Bolsonaro
A rejeição de Eduardo Bolsonaro alcançando 68% representa um desafio significativo para o parlamentar e para o PL nas eleições de 2026. O cenário evidencia a necessidade de revisão de estratégias e a busca por maior aproximação com o eleitorado. Com Lula mantendo liderança sólida e alternativas de oposição se consolidando, a disputa presidencial se apresenta complexa e exige atenção estratégica por parte de todos os partidos envolvidos.






