Relator da reforma tributária, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou nesta terça-feira (4) que ainda acredita ser possível votar o projeto nesta semana. O parlamentar alagoano evitou adiantar quais ajustes fará no texto.
Após reunião com bloco do MDB, PSD, Republicanos e Podemos, Ribeiro disse acreditar que, mesmo com adiamento do PL do Carf, é possível manter previsão de votar reforma nesta semana. “Estamos avançando. A cada discussão, estamos elucidando alguns pontos. Vamos tentar fazer convergência dos Estados como um todo pelo menos no que for possível. Naquilo que não for possível ter consenso, vamos à votação e o placar é soberano”, afirmou o relator a jornalistas.
Entre os pontos que motivam impasse com os governadores está o Conselho Federativo, que seria criado para gerir a arrecadação e distribuição do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS e o ISS. Há também debates sobre o Fundo de Desenvolvimento Regional. Prefeitos também estiveram em Brasília nesta terça-feira em busca de mudanças na proposta.
Em reunião com a bancada do PP, seu próprio partido, Ribeiro recebeu críticas a alguns pontos do seu parecer, diagnosticou que há divergências em relação ao conteúdo e sinalizou que deve apresentar um novo relatório com ajustes antes de o tema ser debatido pelo plenário da Câmara.
Apesar de reclamações terem preocupado o relator, a leitura é que a maioria dos correligionários avaliam que “é preciso ir para o tudo ou nada” e colocar o projeto em votação, no pior dos cenários, na próxima semana.
Prevalece o sentimento de que um eventual adiamento para agosto “não adiantaria nada” e não garantiria a votação do texto na retomada dos trabalhos após o recesso parlamentar.
Aos colegas de partido, Ribeiro sinalizou que seguirá escutando as bancadas partidárias, governadores e prefeitos e, atendendo a sugestões de mudança, fará um novo texto com ajustes.